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Apple M2 Ultra perde para Core i9 13900K e RTX 4080 em testes vazados

Primeiros testes encontrados no Geekbench mostram que, apesar dos avanços, o Apple M2 Ultra não consegue superar hardware concorrente do mundo Windows

12 jun 2023 - 13h43
(atualizado às 18h13)
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Com a pré-venda internacional dos novos Mac Pro e Mac Studio prestes a ser iniciada, os supostos primeiros testes do Apple M2 Ultra foram vazados no banco de dados do Geekbench. Os resultados são mistos: apesar de mostrar bom avanço frente ao M1 Ultra e impressionar considerando o consumo, o chip estreante da Maçã perde para componentes "mais simples" de PC, como o Intel Core i9 13900K e a Nvidia GeForce RTX 4080, devendo mesmo chamar atenção pela integração que oferece.

Apresentado durante a WWDC 2023 na última segunda-feira (5), o M2 Ultra é o mais novo chip extremo da Apple, destinado a profissionais que exigem grande poder de processamento. A novidade é literalmente composta de dois M2 Max unidos pela conexão UltraFusion de alta velocidade da companhia, atingindo até 24 núcleos de CPU, até 76 núcleos de GPU e até 192 GB de memória, além de embarcar uma Neural Engine aprimorada de 32 núcleos para tarefas de IA e diversos aceleradores para trabalhos específicos, como renderização de vídeos.

Foto: Divulgação/Apple / Canaltech

Em média, a empresa de Cupertino prometeu de 20% a 40% mais performance frente à geração anterior, e impressionantes 2 a 3 vezes mais velocidade que o Mac Pro de 2019, equipado com um antigo processador Intel Xeon W-3275M de 28 núcleos. Curiosamente, a gigante evitou fazer comparações com chips mais modernos, como os recentes Xeon W-2400 ou mesmo Threadripper PRO 5000WX, e os testes encontrados nesta semana podem ter indicado o motivo.

O M2 Ultra foi encontrado no banco de dados do Geekbench 5 e 6, incluindo testes de GPU que indicam que, apesar de bastante poderoso, o M2 Ultra não é capaz de superar os concorrentes do mundo Windows. A plataforma estreante atinge 1.956 pontos em single-core e 27.945 pontos em multi-core no Geekbench 5, e chega aos 2.835 pontos com um núcleo e 21.523 pontos com todos os núcleos no mais moderno Geekbench 6.

Caso os números se confirmem, a novidade seria cerca de 18% mais veloz que o M1 Ultra, estando dentro da margem proposta pela Apple. Dito isso, os problemas surgem quando comparamos o M2 Ultra com CPUs comuns de PC, como o Intel Core i9 13900K, de 24 núcleos e 32 threads, e o AMD Ryzen 9 7950X, de 16 núcleos e 32 threads. Ambos ultrapassam os 2.300 pontos no Geekbench 5 e 3.000 pontos no Geekbench 6 em single-core, e chegam a 28 mil pontos no Geekbench 5 e 20 mil pontos no Geekbench 6 em multi-core.

Considerando que o nível de consumo do processador da Apple deve ser bem menor, o fato dos três componentes entregarem desempenho similar é louvável para a Maçã. Em compensação, é preciso ter em mente que o M2 Ultra mira em cargas de trabalho profissionais, sendo o Mac Studio e o Mac Pro máquinas chamadas "workstations", preparadas para tarefas mais intensas, enquanto as CPU de AMD e Intel são voltadas para o público gamer. Esse chips podem ser usados em workstations, mas são mais "simples" e acessíveis.

A situação se repete em gráficos, com a configuração máxima de 76 núcleos de GPU do M2 Ultra marcando cerca de 131 mil pontos com a API OpenCL, usada amplamente na indústria, e pouco mais de 231 mil pontos com a API Metal, exclusiva do ecossistema da Apple. Mais uma vez, a solução cumpre as promessas de ser em torno de 30% mais veloz que o M1 Ultra, mas perde por margens significativas de uma RTX 4080, GPU gamer de alto desempenho da Nvidia.

A placa marca quase 246 mil pontos em OpenCL, e 300 mil pontos em Metal, sendo 50% e 30% mais veloz que o chip da Apple, respectivamente. Vale lembrar que a RTX 4080 não possui otimizações para Metal, já que não há suporte a placas dedicadas da Nvidia no macOS, e não é a solução mais poderosa da família — cargo que fica para a RTX 4090. Placas profissionais da marca, como a RTX 6000 Ada, devem ampliar ainda mais a vantagem.

É preciso lembrar que todos os testes são sintéticos, e não representam o uso real por completo. Com uso dos aceleradores, é possível que o M2 Ultra seja muito mais potente em determinadas cargas de trabalho, como a já citada edição de vídeos. Fato é que só saberemos as reais capacidades do chip quando os reviews forem ao ar, algo que não deve demorar muito considerando que os novos Mac chegam às lojas nesta segunda (12).

Ainda assim, os números são prova de que é preciso ter cautela com as promessas feitas pelas companhias, e que o novo componente da Maçã não é a solução definitiva para profissionais como a Apple tem a intenção de destacar. Dependendo do trabalho realizado, uma workstation com CPUs AMD/Intel e GPUs Nvidia pode ser uma escolha mais inteligente.

Fonte: Geekbench, via WCCFTech (1, 2)

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