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Apple se apoia em seus dispositivos móveis na guerra dos serviços de streaming

10 set 2019 - 17h47
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A Apple está contando com a onipresença de seus iPhones e iPads para enfrentar a Disney e a Netflix na batalha por clientes de streaming.

Presidente-executivo da Apple, Tim Cook, fala durante evento da empresa na Califórnia. 10/9/2019. REUTERS/Stephen Lam
Presidente-executivo da Apple, Tim Cook, fala durante evento da empresa na Califórnia. 10/9/2019. REUTERS/Stephen Lam
Foto: Reuters

A empresa enfrenta uma difícil batalha ao lançar seu serviço de streaming Apple TV + em 1º de novembro por 5 dólares mensais contra rivais com catálogos maiores e anos de experiência em séries de sucesso.

Para criar rapidamente uma base de assinantes, a Apple está oferecendo um ano de serviço gratuito para clientes que compram a maioria dos seus dispositivos. O Apple TV+ - que no lançamento incluirá oito programas originais, incluindo "The Morning Show", com Jennifer Aniston e Reese Witherspoon e "See", um drama de ficção científica com Jason Momoa - estará disponível em mais de 100 países no lançamento.

A grande questão é se esses clientes continuarão no serviço após o término do período gratuito.

Antes do anúncio, analistas e investidores viam a Apple, que está atrasada na guerra do streaming, enfrentando uma dura luta para competir com Netflix e o Disney+, da Walt Disney. A Apple também está tentando superar a HBO Max com seus sucessos como "Game of Thrones", "Friends" e "The Sopranos".

As ofertas da Apple são ofuscadas pelo extenso catálogo da líder da indústria Netflix, que tem um orçamento de 10 bilhões de dólares em conteúdo e 151 milhões de assinantes pagos.

O Disney+, com lançamento programado para 12 de novembro, ajudou a elevar as ações da empresa em quase 20% nos últimos meses. A Disney possui um enorme catálogo de sucessos de super-heróis da Marvel, do universo de Star Wars, de animações da Pixar, e do canal National Geographic.

O Disney + tem um orçamento de mais de 1 bilhão de dólares para conteúdo original - número que subirá para cerca de 2 bilhões até 2024. Seu preço é superior ao da Apple TV +, 7 dólares mensais ou 70 dólares anualmente. Um pacote que inclui ESPN + e Hulu custará 13 dólares por mês.

A Apple, que está gastando 2 bilhões de dólares em conteúdo original este ano, tem 210,6 bilhões de dólares em caixa. "A Apple tem poder de fogo para superar em larga escala uma empresa como a Disney", disse o analista de mídia Rich Greenfield. "Se a Apple criar um ótimo conteúdo, as pessoas assinarão".

Por ora, a maior vantagem do Apple TV + é o alcance e a escala. Com 1,4 bilhão de dispositivos em todo o mundo e serviço grátis na maioria das vendas de novos dispositivos e lançamento em novembro em mais de 100 mercados, ela pode fazer o que nenhum outro serviço fez: estar em todo lugar no primeiro dia.

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