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Arábia Saudita está envolvida em invasão de telefone de Jeff Bezos, diz relatório da ONU

22 jan 2020 - 10h14
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Dois oficiais da ONU divulgarão nesta quarta-feira que existem evidências suficientes sugerindo que a Arábia Saudita havia hackeado o telefone do fundador da Amazon, Jeff Bezos, e que tanto o Reino quanto os Estados Unidos deveriam investigar o caso, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon, em conferência in Washington, EUA, 07/03/2017. REUTERS/Joshua Roberts/Foto de arquivo
Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon, em conferência in Washington, EUA, 07/03/2017. REUTERS/Joshua Roberts/Foto de arquivo
Foto: Reuters

As autoridades das Nações Unidas planejam uma declaração pública afirmando que consideram confiável um relatório forense encomendado pela equipe de segurança de Bezos, que concluiu que seu telefone provavelmente foi hackeado com um vídeo contaminado enviado de uma conta do WhatsApp pertencente ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman.

O relatório da FTI Consulting concluiu que grandes quantidades de dados começaram a deixar o telefone de Bezos cerca de um mês após o compartilhamento do vídeo em meados de 2018, disse a pessoa, recusando-se a ser identificada devido à sensibilidade do assunto.

Especialistas externos consultados pela ONU concordaram que, embora o caso não fosse perfeito, as evidências eram fortes o suficiente para justificar uma investigação mais completa.

A embaixada da Arábia Saudita nos EUA rejeitou o relatório.

"Reportagens recentes da mídia que sugerem que o Reino está por trás de uma invasão do telefone de Jeff Bezos são absurdas. Pedimos uma investigação sobre essas alegações para que possamos descobrir todos os fatos", afirmou no Twitter.

A Amazon se recusou a comentar.

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