Aranha azul "elétrica"? Espécie com visual tipo Besouro Azul é descoberta
Animal curioso foi encontrado durante expedição de cientistas tailandeses
Enquanto "Besouro Azul", recente sucesso de bilheteria da DC Studios estrelado Bruna Marquezine, sai das telas do cinema para chegar ao streaming, a natureza decidiu premiar cientistas tailandeses com a descoberta de uma bizarra aranha azulada na vida real.
O estudo com mais detalhes sobre Chilobrachys natanicharum, nova espécie de tarântula, foi publicado recentemente na revista científica Zookeys.
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Sua cor, rara na natureza e "semelhante à cor de faíscas elétricas", segundo os cientistas, já tem explicação. É fruto de uma estrutura "produzida pelo arranjo de nanoestruturas fotônicas biológicas", segundo o artigo.
Em outras palavras, o tom azul surge de pequenas manipulações de luz feitas pelo pelo da aranha, e não por pigmentos em sua carcaça. A coloração única, que puxa também para tons de roxo, vem de dois tipos de pelos presentes em diferentes partes do corpo, incluindo as pernas, as quelíceras (aquela "pinça" na frente da boca) e a carapaça superior.
-t8fosd1s8njn.jpg "Cor azul se deve a manipulações da luz")
Tarântulas mais jovens têm mais cabelos de cor violeta do que azuis metálicos em partes do corpo, segundo o estudo.
A aranha foi encontrada durante uma expedição à província de Phang-Nga, no sul da Tailândia, para pesquisar a diversidade da fauna na região. A descoberta vem após identificação de outra espécie de tarântula chamada Taksinus bambus, ou tarântula de caule de bambu.
“Em 2022, a tarântula com caule de bambu foi descoberta, marcando o primeiro exemplo conhecido de uma espécie de tarântula vivendo dentro de caules de bambu”, disse o coautor do estudo Narin Chomphuphuang em um comunicado .
“Graças a esta descoberta, fomos inspirados a juntar-nos à equipa para uma expedição fantástica, durante a qual encontrámos uma nova espécie cativante de tarântula azul elétrica.”
As tarântulas habitam árvores ocas e a dificuldade de capturar uma tarântula azul reside na necessidade de subir na planta e atraí-la para fora de um complexo de cavidades em meio a condições úmidas e escorregadias, de acordo com os pesquisadores.
“Durante a nossa expedição, caminhamos à noite durante a maré baixa, conseguindo coletar apenas dois deles", conta Chomphuphuang.
Os autores dizem que a descoberta aponta para a importância contínua da taxonomia como aspecto básico da pesquisa e conservação. Também destaca a necessidade de proteger as florestas do desmatamento contínuo, uma vez que a tarântula azul elétrica é também uma das mais raras do mundo.
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