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Aranhas marinhas podem regenerar ânus e órgãos reprodutivos, diz estudo

Os animais mais jovens puderam regenerar partes do corpo incluindo ânus, musculatura e partes dos órgãos reprodutivos

24 jan 2023 - 13h46
(atualizado às 13h49)
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Aranha-do-mar pode regenerar órgãos, diz pesquisa
Aranha-do-mar pode regenerar órgãos, diz pesquisa
Foto: Wikimedia

Um estudo da da Universidade Humbold divulgado nesta segunda-feira (23), na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostra que aranhas marinhas não são capazes apenas de regenerar membros, mas também partes do corpo aleatórias. Já era sabido que esses animais, assim como outros artrópodes, como lacraias e outros insetos, são capazes de regenerar seus membros.

No estudo, pesquisadores amputaram diferentes membros posteriores e partes posteriores de 23 aranhas marinhas pequenas  e adultas, e fizeram observações.

O que foi notado foi que as adultas não tiveram partes do seu corpo regeneradas, embora algumas tenham permanecido vivas. Porém, as mais jovens sofreram uma regeneração completa ou quase completa das partes do corpo, incluindo intestino, ânus, musculatura e órgãos reprodutivos. 

A longo prazo, 90% das aranhas marinhas sobreviveram. O crescimento das partes ausentes foi registrado em 14 das aranhas jovens, enquanto nenhuma das adultas viveu a regeneração. As capacidades de se regenerar variam no mundo animal, mas os vertebrados, classe que inclui seres humanos, praticamente não têm essa habilidade, apesar de exceções como os lagartos, que podem regenerar suas caudas. 

Já com os artrópodes e insetos, a lógica é outra. O autor sênior do estudo, Gerhard Scholtz, afirmou que "os caranguejos podem até se livrar automaticamente de seus membros se forem atacados". De acordo com o cientista, há uma riqueza de espécies diferentes que podem ser tratadas dessa forma.

O próximo passo consiste em descobrir o que está por trás desse processo. "Podemos tentar descobrir no nível celular e no nível molecular o que indica a regeneração", explicou Scholtz. E completa: "No final, talvez os mecanismos que detectamos em artrópodes possam ajudar os tratamentos médicos de perda de membros ou perda de dedos e assim por diante em humanos".

Fonte: Redação Byte
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