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“Arco-íris de névoa” é fotografado nos EUA; entenda o fenômeno

Não muito conhecido, o "arco-íris de névoa" é formado como os tradicionais, mas o efeito é gerado por gotículas de 10 a 100 vezes menores

14 out 2022 - 11h46
(atualizado às 11h47)
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Os arco-íris de neblina não são tão incomuns, mas é raro que alguém esteja tão perto deles para capturá-los
Os arco-íris de neblina não são tão incomuns, mas é raro que alguém esteja tão perto deles para capturá-los
Foto: Stuart Berman / Instagram

Fenômeno difícil de ser capturado, um “arco-íris de névoa” foi registrado em San Francisco, nos Estados Unidos, no sábado (8). 

Apesar de ser formado da mesma maneira que arco-íris comuns — gerados por um fenômeno ótico quando o Sol brilha através das gotículas de neblina — a refração de luz no “arco-íris de névoa” acontece em um comprimento de onda menor. Por isso, não conseguimos ver as cores do arco-íris tradicional.

A diferença entre eles está no tamanho das gotículas de água. Nos arco-íris “incolores” é preciso que as gotículas sejam menores que 0,05 milímetros. Para se formarem os arco-íris coloridos, as gotículas precisam ser entre 10 e 1.000 vezes maiores.

Como as gotículas possuem um tamanho menor, o efeito dominante acaba sendo o da difração, em vez do da refração, segundo o Escritório Meteorológico do Reino Unido. Ou seja, a luz não é dividida, mas espalhada, formando uma mancha de névoa branca.

Nos arco-íris comuns, a refração da luz atravessa as gotículas de chuva e produz as sete cores que conhecemos, divididas de forma definida: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

A imagem mais divulgada do evento foi produzida pelo vice-presidente de uma empresa de consultoria e fotógrafo, Stuart Berman. Ele saiu para uma caminhada nas Cabeceiras de Marin e pretendia encontrar um amigo para uma das vistas mais bonitas da da baía de San Francisco, a ponte Golden Gate, que estava envolta em neblina. Mas o que encontrou foi o fenômeno, também conhecido como "white rainbow" (arco-íris branco). Veja:

O meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia, Brooke Bingaman, disse ao portal SFGate que "o fotógrafo estava no ponto de vista certo onde o Sol estava atrás deles". De acordo com Bingaman, os arcos de neblina não são tão incomuns, mas é raro que alguém esteja tão perto deles para capturá-los.

"Se você olhar mais para o lado direito da imagem, você pode ver a tonalidade avermelhada do lado de fora. Tem um pouco da cor, mas os prismas não são tão eficazes quanto as gotas de chuva normais”, afirmou Bingaman.

Segundo o site EarthSky.com, o melhor horário para detectar esse fenômeno é durante a névoa fina, quando o Sol ainda está claro. 

Fonte: Redação Byte
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