As empresas que eliminaram o home office enfrentam um grande problema: demoram mais tempo a preencher as vagas
As empresas que não oferecem opções de teletrabalho ou jornada híbrida enfrentam maiores dificuldades para recrutar novos funcionários. Os responsáveis pelos Recursos Humanos reconhecem que obrigar os colaboradores mais qualificados a retornar aos escritórios pode levar à sua renúncia.
Muitas empresas deram por encerradas suas experiências com o teletrabalho, obrigando seus funcionários a retornar aos escritórios cinco dias por semana. Além do endurecimento das políticas de retorno da Amazon, companhias como a Dell, a consultoria PwC e o maior banco dos EUA também seguiram essa tendência.
Apesar de ter se tornado uma tendência crescente entre as empresas, um estudo recente revelou um desafio que essas companhias precisarão enfrentar ao eliminar o teletrabalho: dificuldades para preencher suas vagas.
O talento prefere ficar em casa
De acordo com uma análise recente da Revelio Labs, empresa especializada em estudos sobre a força de trabalho, as companhias que não oferecem opções de trabalho híbrido ou remoto crescem menos do que aquelas que proporcionam flexibilidade. "As empresas que operam totalmente a distância ou adotam modelos flexíveis podem crescer mais rápido", afirmou Loujaina Abdelwahed, economista da Revelio Labs e autora do estudo, em entrevista ao The Washington Post.
Os dados analisados sobre empresas que publicaram vagas desde junho de 2022 indicam que aquelas que oferecem trabalho híbrido ou remoto registraram uma taxa de crescimento média de 0,6%, enquanto as que disponibilizam apenas vagas 100% presenciais cresceram apenas 0,3%.
Ou seja, as empresas que não oferecem flexibilidade têm mais dificuldade para preencher novas vagas em comparação com aquelas que adotam modelos de trabalho híbridos ou remotos.
Impor o retorno ao escritório tem...
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