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Aspartame pode mesmo causar câncer?

A classificação do adoçante aspartame como "possivelmente cancerígena" indica a existência de evidências limitadas associando o produto ao risco da doença

30 jun 2023 - 13h46
(atualizado às 17h13)
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Na quinta-feira (29), os potenciais riscos do adoçante aspartame envolvendo o câncer viralizaram, após o vazamento da possível conclusão de um relatório. Ao que tudo indica, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) — o braço de pesquisa para o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) — passará a classificar o produto 200 vezes mais doce que o açúcar como "possivelmente cancerígeno para humanos".

No entanto, nenhum pronunciamento oficial foi feito sobre o adoçante aspartame e o possível risco de câncer. Por outro lado, o produto é usado desde os anos 1980 na indústria de alimentos, com relativa segurança. Está presente em doces, geleias, produtos para diabéticos e alguns refrigerantes, como a Coca Zero.

Aspartame possivelmente cancerígeno — o que isso significa?

Antes de qualquer coisa, é preciso pontuar que "possivelmente" não é o mesmo que dizer: aquilo causa câncer. Dessa forma, a interpretação do termo, ainda mais antes do relatório da IARC ser oficialmente divulgado, deve ser feita com cautela.

Foto: Fidel Forato/Canaltech / Canaltech

No total, a agência usa quatro expressões para se referir ao risco de um produto, agente ou atividade relacionada ao câncer:

  • Grupo 1: carcinogênico para humanos;
  • Grupo 2A: provavelmente cancerígeno para humanos;
  • Grupo 2B: possivelmente cancerígeno para humanos;
  • Grupo 3: não classificável.

"A categorização da IARC não nos diz nada sobre o nível real de risco do aspartame, porque não é isso que as categorizações da IARC significam", afirma Kevin McConway, professor de estatística na Open University, na Inglaterra, para a BBC.

Outros produtos possivelmente cancerígenos

Para o especialista, a categoria "possivelmente" é adotada quando existem evidências "limitadas" em pessoas ou em dados de experimentos com animais sobre a relação entre determinado produto e o potencial risco de câncer. Hoje, são 322 com essa classificação no mundo, incluindo:

"Enfatizo, porém, que a evidência de que essas substâncias podem causar câncer não é muito forte ou elas teriam sido colocadas no grupo 1 ou 2A" da lista da IARC, complementa McConway.

Ou seja: até que seja concluído que o adoçante aspartame cause câncer, serão necessárias mais pesquisas e estudos científicos acerca do seu consumo e os efeitos no organismo humano.

Fonte: BBC e OMS   

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