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Austrália deve proibir o uso recreativo de cigarro eletrônico

Autoridades da Austrália vão proibir o uso recreativo dos cigarros eletrônicos. Dispositivo poderá ser usado por quem busca largar o cigarro tradicional

2 mai 2023 - 15h51
(atualizado às 19h03)
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A regulação dos cigarros eletrônicos está longe de algum consenso global. Agora, autoridades de saúde da Austrália anunciaram um abrangente projeto para proibir qualquer uso recreativo dos vapes no país. Se as medidas forem aplicadas da maneira como está, até a embalagem dos produtos precisará mudar. Os cartuchos com sabores também serão restringidos.

Por trás do anúncio, está a estratégia australiana de direcionar o uso de cigarros eletrônicos apenas para indivíduos que querem largar o hábito de fumar cigarros tradicionais. Embora as autoridades reconheçam esta finalidade no dispositivo eletrônico, elas também entendem que o mercado, da forma como está, incentiva os mais jovens a consumirem os vapes.

Quem mais usa cigarro eletrônico na Austrália hoje?

Segundo a BBC, o ministro da Saúde da Austrália, Mark Butler, afirmou que o uso disseminado de cigarros eletrônicos está criando uma nova geração de viciados em nicotina — sim, alguns tipos de cartuchos de vapes podem conter nicotina. Este crescimento está associado com o uso recreativo do dispositivo eletrônico e cresce entre os mais jovens.

Um levantamento australiano aponta que um em cada seis adolescentes de 14 a 17 anos já usou um vape. Entre os jovens adultos de 18 a 24 anos, o índice sobe, chegando a ser um para cada quatro pessoas. Por outro lado, "apenas uma [pessoa] em cada 70 da minha idade usa o vape", afirma Butler, que tem 52 anos.

Como a Austrália planeja banir o uso recreativo de vapes?

Foto: TrendsetterImages/Envato / Canaltech

Como explicamos, o foco das restrições australianas engloba apenas o uso recreativo dos vapes. Isso significa que quem deseja parar de fumar, com apoio do cigarro eletrônico, poderá fazê-lo, desde que tenha uma prescrição para adquirir o produto em um estabelecimento regularizado.

Em paralelo, os dispositivos passarão a ter padrões mínimos para a venda. Por exemplo, as embalagens deverão passar por um repaginação, onde se tornarão mais semelhantes aos produtos farmacêuticos. Leia-se com menos atrativos e apelos visuais, como cores fortes e ilustrações. Também deve ocorrer restrição de sabores, níveis de nicotina e ingredientes extras. Ainda não há um cronograma de implementação das mudanças, que devem ser graduais.

Como outros países enxergam a questão dos cigarros eletrônicos?

Apostando na capacidade do cigarro eletrônico em ser uma opção para quem deseja parar de fumar e motivado por alguns estudos, o governo da Inglaterra anunciou, recentemente, a criação de um programa no qual vapes serão distribuídos, de forma gratuita, para fumantes. De forma oposta, alguns países proíbem amplamente o uso do dispositivo, como Cingapura e Tailândia.

No Brasil, uma rápida busca na internet dá a falsa impressão de que os vapes são regulamentados e autorizados no Brasil, já que é possível encontrar anúncios de diferentes tipos. Apesar da baixa fiscalização, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda de qualquer tipo de dispositivo eletrônico para fumar, desde 2009. Em 2022, a entidade reforçou o seu posicionamento proibitivo e a questão não deve mudar tão cedo.

Fonte: BBC e Ministério da Saúde   

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