Austrália executou 750 coalas com franco-atiradores em helicópteros "pelo bem dos animais"
Um incêndio florestal levou as autoridades a sacrificarem parte dos animais afetados - governo afirma que não havia alternativas, ativistas falam em "massacre"
Os coalas são um dos símbolos mais reconhecíveis (e provavelmente queridos) da Austrália e, em parte do território, como Nova Gales do Sul, Queensland e o Território da Capital Australiana, são considerados em perigo de extinção. Nada disso impediu, no entanto, que um grupo de franco-atiradores matasse centenas desses marsupiais no Parque Nacional Budj Bim, uma ampla reserva natural localizada no sul do país. Fizeram isso a partir de helicópteros, com o respaldo do governo e supostamente por "razões humanitárias".
A grande pergunta é… por quê?
Franco-atiradores, helicópteros e coalas. A princípio, são três conceitos que não parecem ter muita relação entre si, mas são os protagonistas da polêmica que abalou em abril o estado de Vitoria, no sul da Austrália, onde se localiza o Parque Nacional Budj Bim. No final do mês, a imprensa local começou a noticiar que estavam sendo sacrificadas ali centenas e centenas de coalas.
Se a notícia já não fosse surpreendente (e triste) o bastante, ganhou ainda mais repercussão ao se revelar como a matança está sendo realizada: os animais estão sendo abatidos a partir de helicópteros com a ajuda de franco-atiradores. Tudo isso, é claro, com o aval do Departamento de Energia, Meio Ambiente e Clima (DEECA), a autoridade responsável pela conservação ambiental, como confirmou recentemente a emissora ABC.
Os números exatos de quantos coalas foram abatidos podem variar de acordo com a fonte consultada, mas todas concordam em algo: a campanha está ...
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