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Autores de ciberataque à Record pedem US$ 5 mi de resgate, diz hacker

Informações de um “hacker do bem” dizem que a emissora teria quatro dias para responder ao pedido; a Record não se pronunciou

11 out 2022 - 14h44
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“Hacker do bem” afirmou no Twitter que o valor inicial de pedido de resgate à Record era de US$ 7 milhões
“Hacker do bem” afirmou no Twitter que o valor inicial de pedido de resgate à Record era de US$ 7 milhões
Foto: standret / Freepik

A TV Record ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ataque cibernético do tipo ransomware, ou sequestro de dados, que afetou as informações e arquivos da emissora no último sábado (8). Segundo um hacker, o grupo que invadiu e "sequestrou" os arquivos da emissora está exigindo US$ 5 milhões (R$ 26 milhões) para devolver a "chave" do sistema.

Germán Fernández, um “hacker do bem”, afirmou no Twitter que o valor inicial de pedido de resgate era de US$ 7 milhões e que os invasores fizeram um “desconto”. O dinheiro deve ser pago em criptomoedas do tipo Bitcoin ou Monero. Os hackers da equipe BlackCat ameaçam ainda vazar os dados no blog do grupo.

"Depois que o tempo de desconto expirar, nossa equipe iniciará o ataque de negação de serviços (DDoS)"... "Começamos a procurar os clientes certos para seus dados na darknet", escreveu Fernández, sobre a suposta mensagem dos invasores. DDoS é um ataque de negação de rede, que consiste em superlotar o tráfego de um serviço online para comprometer sua integridade.

Ainda de acordo com as informações compartilhadas pelo “hacker do bem”, o grupo ofereceu ajuda para explicar como a invasão pode ter ocorrido e dicas para melhorar a segurança. 

O prazo dos hackers para que o valor pedido seja pago é de quatro dias. A emissora não respondeu ao pedido de resgate e não há informações de quais medidas foram tomadas após o anúncio da invasão.

Sequestro de dados 

O ataque cibernético de sábado afetou a transmissão do programa "Fala Brasil", que estava no ar quando o sistema foi invadido. Segundo os colunistas Leo Dias (Metrópoles) e Ricardo Feltrin (UOL), com o conteúdo bloqueado, não foi possível continuar o programa. 

Para contornar a situação, o canal recorreu à reprise de um episódio de "Todo Mundo Odeia o Chris".

De acordo com Feltrin, o problema impediu o acesso dos funcionários aos números de audiência da programação e até "sequestraram" a "intranet", rede de internet específica para empresas.

O ransomware é um tipo de invasão via malware — software projetado para invadir um computador e negar aos funcionários o acesso aos arquivos — bastante valorizado entre hackers. 

Fonte: Redação Byte
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