Avatar 2 filmou atores submersos e melhorou efeitos; veja tecnologia do filme
Avatar 2 e 3 são principalmente ambientados dentro e ao redor do oceano, onde será introduzido o novo clã de Na'vi que habita um recife
Depois de alcançar o topo das bilheterias em 2009, Avatar, de James Cameron, está de volta. Serão quatro filmes em sequência, e o primeiro, “Avatar: O Caminho da Água”, estreia nesta quinta-feira (15). A ambientação do longa foi principalmente debaixo d’água, o que exigiu anos de pesquisa tecnológica e técnicas de prender a respiração para os atores, que treinaram por meses para as gravações.
O planejamento do diretor começou em 2012, e em 2013 roteiristas se somaram a ele para ajudar a delinear as quatro histórias dos filmes em sequência. As filmagens do segundo “Avatar” começaram apenas em 2017, no entanto.
Os Avatar 2 e 3 serão principalmente ambientados dentro e ao redor do oceano, onde será introduzido o novo clã de Na'vi que habita um recife chamado Metkayina. O produtor do filme, John Landau, descreveu as praias tropicais como “Bora Bora sobre esteroides”. Por essa característica, Cameron e sua equipe tiveram que pensar uma maneira de registrar as mínimas expressões e movimentos dos atores debaixo d’água.
Galões de água, respiração presa e especialistas em danças subaquáticas
Grande parte dessas filmagens de captura de gestos e expressões foram feitas em um tanque de 900 mil galões de água, feito especialmente para o filme. Eles imitavam as ondas e correntes marítimas do oceano. Captando esses movimentos, as imagens foram animadas por artistas da empresa de efeitos visuais vencedora do Oscar, Weta Digital.
Cameron afirmou a Entertainment Weekly: “Meus colegas de produção realmente pressionaram para que fizéssemos isso do 'seco para o molhado', pendurando as pessoas em fios”. Mas completa: “Eu disse: 'Não vai funcionar. Não vai parecer real’”. O diretor até deixou que fizessem um teste, mas não saiu do jeito que ele desejava.
Ainda que muitos atores tenham se preparado para as cenas obtendo certificados de mergulho e viajando para o Havaí, bolhas de ar e tecnologias de mergulho estavam interferindo no processo de captura de desempenho. Por isso, cada um dos atores treinou com mergulhadores até conseguir nadar livremente prendendo a respiração por vários minutos.
O diretor destacou que a atriz Sigourney Weaver, de 73 anos, conseguia prender a respiração seis minutos e meio, enquanto Kate Winslet foi capaz de fazer isso por até sete minutos e meio. Mesmo assim, especialistas em dança subaquática e ginástica também foram contratados para dar maior movimentação às cenas.
Na mesma toada, Avatar 3 está planejado para 2024, enquanto os quarto e quinto filmes estão programados para saírem em 2026 e 2028, respectivamente. Nessa nova era em que se destacam super-heróis e streamings, Cameron espera que o público ainda se conecte com sua sequência de aventuras, 13 anos depois do primeiro filme.
"Thanos? Sem essa. Me dá um tempo"
Em entrevista ao portal Comicbook.com, Cameron também ressaltou o salto qualitativo dos efeitos digitais de “Avatar: O Caminho da Água”.
Quando perguntado se algum dos avanços visuais que saíram dos filmes da Marvel o motivaram a melhorar o digital de seus filmes,o cineasta respondeu: "Obviamente, os grandes filmes de quadrinhos têm impulsionado o grande volume da indústria... a maré crescente da técnica eleva todos juntos. Dá-lhe artistas de maior qualidade, mais ferramentas, plug-ins e código [a utilizar]. Você tem mais pessoas talentosas escrevendo código por aí."
"Nossa equipe na Weta Digital está constantemente tendo novas contratações e está vindo com força", continuou Cameron. "Então melhora tudo. Dito isto, a Weta Effects, como é chamado agora, é a melhor. Certo? A Industrial Light & Magic [empresa fundada por George Lucas] faz um ótimo trabalho, mas quando se trata do tipo de material facial emotivo que estamos fazendo... Thanos? Sem essa. Me dá um tempo. Você viu ['Avatar: O Caminho da Água']. Não está nem perto. Foi o que a Weta fez."