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Bactérias da pele são usadas em novo tratamento contra acne

Nova pesquisa envolvendo a modificação do genoma de micróbios consegue modificar o funcionamento da acne diretamente na pele, sem sintomas adversos ou remédios

9 jan 2024 - 14h53
(atualizado às 18h33)
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Uma equipe internacional de cientistas conseguiu, através de engenharia genética, modificar uma bactéria da pele para agir contra a acne diretamente em sua origem biológica, impedindo a produção exagerada de sebo em quem sofre dos sintomas associados ao problema. O trabalho é da Universidade de Pompeu Fabra, na Espanha, e deverá ser expandido para outras condições de pele no futuro.

Foto: Pixabay/CC0 Domínio Público / Canaltech

A bactéria em questão é a Cutibacterium acnes, que, com a modificação dos cientistas, consegue produzir e secretar uma molécula terapêutica capaz de combater os sintomas da acne na pele. O resultado foi testado em células da pele e em camundongos de laboratório, e, antes de chegar às farmácias, precisa ser testado em simulações de pele humana artificial ou em testes laboratoriais com humanos.

Engenharia genética contra a acne

O estudo que descreve o trabalho, publicado na revista científica Nature Biotechnology, mostrou como o genoma da bactéria foi modificado para que ela produzisse a proteína NGAL — mediadora da substância da acne chamada isotretinoína —, que reduz o sebo da pele ao matar os sebócitos, onde fica armazenada a gordura (em forma de lipídios) produzida pelas glândulas sebáceas. Com isso, a doença de pele consegue ser combatida naturalmente.

A acne é causada pelo bloqueio ou inflamação dos folículos pilosebáceos (Imagem: Freepik/Domínio Público)
A acne é causada pelo bloqueio ou inflamação dos folículos pilosebáceos (Imagem: Freepik/Domínio Público)
Foto: Canaltech

Tratamentos tradicionais para a condição usam antibióticos ou a aplicação da isotretinoína derivada da vitamina A. Eles causam alguns efeitos adversos sérios, como sensibilidade excessiva à luz e empobrecimento do microbioma da face, no caso dos antibióticos, ou descamação da pele e até defeitos de nascença no caso da isotretinoína.

O sistema desenvolvido pelos cientistas melhorou a entrega de DNA às células e sua estabilidade dentro delas, bem como a expressão genética. Isso permitiu que a bactéria modificada conseguisse ficar na pele e fazer a mediação necessária para acabar com a acne. Entre os planos para o futuro, está o tratamento para outras doenças de pele, como a dermatite atópica, condição inflamatória onde o paciente possui eczemas, irritação severa e pele seca, sendo muito comum em crianças.

Fonte: Nature Biotechnology

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