Baidu está sendo investigada na China após CEO testar carro autônomo em vias públicas
A Baidu Inc, principal empresa chinesa de buscas na internet, está sob investigação para determinar se a empresa violou alguma legislação, depois que seu presidente-executivo testou um carro sem motorista em vias públicas, disse a polícia de trânsito de Pequim na quinta-feira.
A empresa, uma resposta da China ao Google da Alphabet , está assumindo um papel de liderança no desenvolvimento de carros autodirigidos na China e além. A Baidu revelou uma ampla aliança para carros autônomos na quarta-feira, com o objetivo de lançar esses veículos nas vias da China até 2019.
Mas a empresa agora pode enfrentar sanções das autoridades locais depois que a polícia disse, em uma publicação em seu microblog oficial, que estava investigando se há alguma irregularidade na utilização de um carro sem motorista em via pública.
"A polícia apoia a tecnologia e a inovação da condução autônoma, mas isso deve ser conduzido de forma legal, segura e científica", afirmou a polícia de trânsito de Pequim em sua declaração. Qualquer violação da lei levará a uma punição, afirmou.
Baidu não quis comentar quando contactado pela Reuters.
A China está se recuperando na corrida para desenvolver automóveis autodirigidos, ajudados pela regulação de apoio e o desejo de Pequim de mudar para uma economia impulsionada por setores de alta tecnologia e consumidor, em vez de indústria pesada e fabricação de produtos baratos.
O presidente-executivo da Baidu, Robin Li, realizou uma conversa de vídeo ao vivo com os participantes da conferência de inteligência artificial da empresa na quarta-feira, com sua imagem sentado no assento de passageiro e um carro autodirigido pelas ruas de Pequim em uma enorme tela.
O episódio gerou discussão online, com alguns questionando se a empresa tinha permissão para realizar o teste, enquanto outros disseram que o carro parecia violar as regras de trânsito.
Outros saudaram online o teste. "A multa de trânsito, se for emitida pela polícia, definitivamente será histórica", escreveu um internauta.