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Batalhas da Bíblia ocorreram mesmo, diz estudo do magnetismo da Terra

Novos dados confirmam relatos bíblicos das campanhas militares egípcias, arameias, assírias e babilônicas contra os reinos de Israel e Judá

28 out 2022 - 15h29
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Parede de tijolos em Tel Batash, cidade filistéia em Canaã
Parede de tijolos em Tel Batash, cidade filistéia em Canaã
Foto: Yoav Vaknin / Yoav Vaknin

Uma pesquisa publicada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences na segunda-feira (24) confirmou, a partir da medição de breves mudanças no campo magnético da Terra, o acontecimento passado das batalhas bíblicas citadas no segundo livro de Reis, do Antigo Testamento da Bíblia.

Os novos dados confirmam relatos bíblicos das campanhas militares egípcias, arameias, assírias e babilônicas contra os reinos de Israel e Judá.  Datando 21 camadas de destruição em 17 sítios arqueológicos em Israel, foi possível reconstruir a direção e/ou intensidade do campo magnético registrado em restos queimados.

Normalmente, a forma pela qual geofísicos tentam entender o funcionamento do campo magnético da Terra é usando achados arqueológicos de minerais magnéticos aquecidos ou queimados no passado, que trazem pistas de como era o magnetismo em épocas de incêndios em guerras, segundo os pesquisadores.

Em um estudo de 2020, cientistas já haviam reconstruído o campo magnético como era no dia 9 do mês hebraico de Av no ano de 586 a.C (data hebraica da destruição do Primeiro Templo e da cidade de Jerusalém por Nabucodonosor e seu exército babilônico). 

Nesta nova pesquisa, os responsáveis usaram os dados para desenvolver uma nova ferramenta científica confiável para datação arqueológica. De acordo com os resultados, o exército de Hazael, rei de Arã-Damasco, foi responsável pela destruição de cidades como Tel Rehov, Tel Zayit e Horvat Tevet, além de Gate dos Filisteus – que tem a devastação relatada na Bíblia hebraica.

Os diversos métodos de datação estimam que o evento que destruiu Gate dos Filisteus ocorreu por volta de 830 a.C, mas não conseguiram verificar se Hazael também destruiu Tel Rehov, Tel Zayit e Horvat Tevet. 

Os pesquisadores usaram os dados para desenvolver uma nova ferramenta científica confiável para datação arqueológica
Os pesquisadores usaram os dados para desenvolver uma nova ferramenta científica confiável para datação arqueológica
Foto: stempow / 5 images / Pixabay

Além de confirmar a destruição dessas três localidades, o trabalho refuta a teoria predominante de que o governante foi o conquistador que destruiu Tel Beth-Shean. Segundo os dados magnéticos, essa cidade, assim como outros dois locais do norte de Israel, sucumbiram entre 70 e 100 anos antes. Essa data pode ser concomitante à campanha militar do faraó egípcio Shoshenq, que é contada na Bíblia hebraica. 

Edomitas provavelmente destruíram cidades do Neguev

Uma das principais descobertas do estudo foi que as cidades do Neguev foram destruídas pelos edomitas. Eles se aproveitaram da destruição de Jerusalém e do Reino de Judá pelos babilônios.

O supervisor da pesquisa, Erez Ben Yosef, afirmou em comunicado: "Várias décadas após terem destruído Jerusalém e o Primeiro Templo, locais no Neguev que sobreviveram à campanha da Babilônia foram destruídos — provavelmente pelos edomitas que se aproveitaram da queda de Jerusalém”.

A traição nas cidades sobreviventes, para ele, pode explicar o fato de a Bíblia hebraica expressar tanto ódio pelos edomitas. 

Segundo o autor da tese de doutorado que originou o estudo, Yoav Vakninm, foi possível corroborar ou refutar teses sobre a campanha militar com base no campo magnético e ainda construir uma curva de variação de intensidade do campo ao longo do tempo. Isso pode servir como uma ferramenta de datação parecida com o método por radiocarbono, que usa o radioisótopo carbono-14 para determinar a idade de materiais com até 60 mil anos de idade.

Fonte: Redação Byte
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