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Bateria de íon de sódio da CATL pode ajudar a reduzir pressão sobre lítio

3 ago 2021 - 12h35
(atualizado às 19h41)
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O desenvolvimento de uma nova bateria de íon de sódio pela gigante chinesa CATL deve resultar nos próximos anos em um alívio na pressão sobre a demanda por lítio, que deve enfrentar escassez já em 2022.

Edifício da CATL em Ningde, China 
08/08/2018
REUTERS/Stringer
Edifício da CATL em Ningde, China 08/08/2018 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

Conforme o mundo corre para reduzir emissões de carbono com ações que incluem incentivos a carros elétricos, a demanda por lítio, cobalto e níquel tem disparado. Temendo escassez e preços elevados, montadoras de veículos e fabricantes de baterias têm trabalhado em alternativas para a tecnologia dominante de íon de lítio.

A CATL afirmou na semana passada que planeja construir uma cadeia de fornecimento até 2023 para a produção de baterias de íon de sódio, tecnologia que tem densidade de energia menor que a de lítio, mas permite carregamento rápido e é mais resistente a temperaturas baixas.

William Adams, diretor de metais básicos e pesquisa de baterias na empresa de análise de mercado Fastmarkets, afirmou que os planos da CATL podem aliviar a pressão. "Significa que há um plano B se não houver lítio suficiente", disse.

A Fastmarkets espera que o mercado de lítio migre para uma situação de déficit no próximo ano em relação a um equilíbrio neste ano, com a demanda mais que triplicando para 1,12 milhão de toneladas até 2025 ante 2020.

As baterias de íon de sódio não contêm lítio, cobalto ou níquel, os principais metais usados em três tecnologias de armazenamento de energia: níquel-cobalto-alumínio (NCA, na sigla em inglês), níquel-cobalto-manganês (NCM) e lítio-ferro-fosfato (LFP).

O preço de matéria-prima para baterias de lítio triplicou até agora neste ano após vendas maiores que as esperadas de veículos elétricos, segundo dados da S&P Global Platts.

A CATL não revelou os detalhes de custo de sua nova bateria, mas citou que o sódio é o sexto elemento mais comum na Terra.

George Heppel, da consultoria CRU afirmou que as novas baterias devem ser provavelmente mais baratas dada a relativa abundância de matéria-prima, mas os custos dependerão da pureza necessária.

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