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Bateria para lentes de contato inteligentes é movida a lágrimas

Produto utiliza materiais biocompatíveis, eliminando a necessidade de fios potencialmente nocivos ou metais pesados

1 set 2023 - 12h36
(atualizado às 13h54)
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A bateria utiliza materiais biocompatíveis, eliminando a necessidade de fios potencialmente nocivos ou metais pesados
A bateria utiliza materiais biocompatíveis, eliminando a necessidade de fios potencialmente nocivos ou metais pesados
Foto: freepik

Cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Cingapura, estão dando passos significativos em direção a uma revolução na tecnologia das lentes de contato inteligentes. Um estudo detalhando a invenção foi publicado na revista Nano Energy.

  • Pesquisadores desenvolveram uma bateria ultrafina, com a mesma espessura da córnea humana;
  • O produto armazena energia a partir das lágrimas;
  • O protótipo promete abrir portas para uma série de aplicações promissoras, que vão desde o monitoramento médico avançado até a realidade aumentada, resolvendo um desafio crucial: a necessidade de uma fonte de energia compacta e biocompatível;
  • A bateria utiliza materiais que eliminam a necessidade de fios potencialmente nocivos ou metais pesados, comuns em baterias de íons de lítio. 

 Por outro lado, as baterias tradicionais levantam preocupações de segurança e conforto.

As lentes

Essa bateria superfina funciona de forma interessante: possui uma cobertura produzida com glicose que reage com íons sódio e cloreto encontrados em soluções salinas, gerando eletricidade.

O mais interessante é que ela pode ser alimentada pelas lágrimas humanas, que, embora contenham menos íons do que a solução salina, ainda fornecem energia devido ao sódio e potássio presentes.

A bateria tem apenas 0,5 mm de espessura e fica na parte de baixo dos olhos, cobrindo-os constantemente. Ela pode produzir uma corrente elétrica de 45 microamperes e uma potência máxima de 201 microwatts — o suficiente para alimentar funções inteligentes em lentes de contato.

Segundo os pesquisadores, ela pode ser recarregada e usada até 200 vezes, enquanto as baterias de íon de lítio comuns duram de 300 a 500 ciclos.

Esse seria um dos empecilhos para a comercialização. No entanto, a equipe já está trabalhando com empresas de lentes de contato para eventualmente levar a tecnologia ao mercado.

Fonte: Redação Byte
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