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Biometria de voz: mitos e verdades que você precisa saber

Tire suas dúvidas sobre mitos e verdades que cercam o tema.

24 mar 2022 - 02h00
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Foto: Soundtrap / Unsplash

A biometria de voz é uma tecnologia que permite confirmar a identidade de uma pessoa enquanto ela fala e, se estiver integrada aos sistemas da empresa, também é capaz de identificar comportamentos suspeitos de usuários, visando a prevenção de fraudes. No entanto, esse recurso ainda é pouco conhecido no mercado e está cercado por muitas dúvidas. 

Para ajudar na compreensão da tecnologia, a Minds Digital, IDTech especializada em identificação e autenticação por voz, esclarece 10 mitos e verdades sobre biometria de voz. Confira:

1. Não existe no mundo outra voz igual à minha

Verdade. Existem muitas variáveis que definem a voz de uma pessoa. Entre elas, o formato e o tamanho das cordas vocais, o músculo que está em volta da região, a maneira como a pessoa utiliza a garganta para projetar a voz e até mesmo como ela aprende a falar. Considerando desde a genética até fatores de vivência de cada indivíduo, hoje entende-se que a voz humana é única. Portanto, não existe uma pessoa que tenha uma voz igual a de outra. 

2. Gêmeos idênticos podem ser diferenciados pela biometria de voz

Verdade. Nesses casos, o fator genético tem um peso na formação da voz de cada um, mas ainda assim são muitos fatores que influenciam a sua definição: hormônios, medicações, diferenças na musculatura da região e até mesmo fatores ambientais. Para o ouvido humano, as vozes de gêmeos podem soar muito parecidas, mas através da inteligência artificial da biometria é possível identificar os traços que as distinguem. 

3. A biometria não reconhece quando a voz é falsa ou fingida

Mito. Essa dúvida atinge muitas pessoas, principalmente quando nos deparamos com alguém que é capaz de imitar a voz de outra pessoa. Neste caso, o que se imita é somente a forma de falar, sem ser possível copiar os fatores biológicos da voz de alguém, como o tamanho e o formato de uma corda vocal, por exemplo. Desse modo, o ouvido humano, quando escuta a imitação, pode achar que as vozes são parecidas, porque ele estará identificando o modo de falar. No entanto, do ponto de vista tecnológico, uma pessoa que está fingindo ser outra é facilmente barrada pela biometria. 

4. A biometria não funciona em ambientes barulhentos ou com pessoas resfriadas

Mito. O processo de biometria criado pela Minds possui várias etapas, entre elas há uma específica de treinamento que ensina para o modelo de inteligência artificial o que é uma voz e como distinguir seus diferentes tipos. Por saber que muitas vezes a solução será utilizada através do celular e coletada em ambientes propensos a ruídos, a equipe da Minds treinou o modelo para que ele seja resistente aos barulhos externos e a pequenas alterações na voz. 

No entanto, há um limite para essas alterações e é fundamental que o modelo consiga ouvir quem está falando do outro lado da linha. A melhor maneira de entender se a biometria funciona em determinadas situações é comparar com a ligação de algum familiar. Quando uma pessoa realiza uma ligação em um lugar barulhento ou com a voz anasalada devido a um resfriado, por exemplo, se um familiar fosse capaz de ouví-la e identificá-la, o modelo também conseguiria realizar a autenticação. 

5. A biometria sabe quando é uma voz feminina ou masculina

Mito. O modelo não é treinado para identificar essas características separadamente, mas sim para analisar os pontos de segurança da voz, como as características únicas de timbre e entonação de cada pessoa. O mesmo parâmetro serve para a voz de pessoas jovens ou idosas. Por outro lado, fatores como sexo e idade também influenciam e impactam a biometria de voz coletada. 

Isso porque, pensando na questão de idade, ao longo dos anos nosso corpo passa por algumas mudanças e, no caso das pessoas idosas, a tendência é perder um pouco da musculatura na região das cordas vocais. No entanto, a forma e o tamanho das cordas não muda, então pode-se dizer que a voz passa por alterações pequenas que não interferem na identificação realizada pela tecnologia da Minds. 

6. A biometria de voz só funciona se a pessoa falar muito

Mito. O sistema é capaz de utilizar uma quantidade pequena de voz para realizar a autenticação. Estima-se que com até menos de 1 segundo seja possível identificar as características da voz de uma pessoa. No entanto, para obter uma autenticação mais efetiva, a inteligência artificial precisa processar entre 4 e 15 segundos de voz. 

7. O método de autenticação por voz é mais seguro que a senha

Verdade. Através da engenharia social, muitos fraudadores conseguem todas as informações da vítima necessárias para uma fraude. A biometria, por ser uma solução de validação da própria voz, se torna mais segura do que a digitação de uma senha. 

8. A biometria de voz precisa ser combinada com outros fatores de autenticação para ser realmente segura

Verdade. Quanto mais informações pessoais forem associadas aos pontos de segurança da voz, melhor será todo o processo de autenticação de pessoas. Dessa forma, muitas vezes as soluções de biometria são associadas ao CPF do cliente e combinadas com outras medidas antifraude. 

Com a prevenção à fraude por voz da Minds, por exemplo, é possível identificar se a voz da pessoa que está ligando é realmente do cliente da empresa e se o CPF que ela está utilizando para entrar em contato é realmente dela ou de outra pessoa. 

9. A biometria de voz demora para trazer retorno financeiro

Mito. A partir do momento em que a solução está à disposição da empresa e ela a disponibiliza para o cliente final, já é possível ter um retorno financeiro. Isso porque, se em determinado dia a biometria é implantada na empresa e nesse mesmo dia o sistema barra uma fraude, pode-se dizer que a empresa já está tendo resultados financeiros com a solução da Minds. 

10. O banco de dados de vozes pode ser acessado por qualquer empresa

Mito. O banco de dados da biometria de voz não é compartilhado entre as empresas que adotam essa tecnologia, nem é associado a dados sensíveis completos de clientes. A inteligência artificial não armazena áudios, por exemplo, mas sim transforma as ondas sonoras em uma imagem chamada espectrograma, o que dificulta a identificação de pessoas em caso de vazamento de dados ou ciberataques. 

Seguindo as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Minds Digital não permite o compartilhamento de espectrogramas entre as empresas que adotam as suas soluções antifraude. 

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