Bizarro! Cobra morre com metade de centopeia gigante na boca; veja
Descoberta da revista "Ecology" ajuda a entender características da cobra Tantilla oolitica; espécie está ameaçada de extinção desde 1975
Uma descoberta divulgada na revista "Ecology" mostrou uma das cobras mais raras da América do Norte, a Tantilla oolitica – que costuma viver enterrada sob detritos, rochas e cavidades de calcário – encontrada morta com metade do corpo de uma centopeia gigante na boca, na Flórida (EUA).
A cobra, que está ameaçada de extinção desde 1975, foi encontrada por um visitante que passeava no Parque John Pennekamp Coral Reef State. Lá, foi recolhida e encaminhada para o centro de pesquisas, que realizou vários procedimentos no animal.
Os pesquisadores já acreditavam que a cobra morreu enquanto se alimentava da centopeia gigante por asfixia, pois a centopeia tinha um terço do tamanho do tamanho do réptil. Para confirmar a hipótese, a cobra foi submetida a um exame de tomografia computadorizada.
No decorrer do exame, os cientistas viram que existia uma ferida na lateral do corpo do réptil que poderia ter sido causado pelas pinças venenosas da centopeia. Mas depois, os pesquisadores viram que essa não poderia ter sido a causa da morte da cobra, porque metade da centopeia já estava dentro dela.
O que teria causado a morte da Tantilla oolitica, na verdade, teria sido o tamanho dos dois organismos. Com a traqueia pressionada no momento de passagem da centopeia, a cobra provavelmente teve foi um quadro de asfixia que levou à morte.
Não sabiam do que elas se alimentavam
A situação fez com que o Instituto de Pesquisa de Pesca e Vida Selvagem (FWRI, na sigla em inglês) identificasse, pela primeira vez, os hábitos alimentares da Tantilla oolitica, que até então não tinham sido descobertos. Segundo o Museu da Florida, as centopeias adultas, como a consumida pela cobra, podem atingir o mesmo tamanho que ela, com cerca de 25 centímetros.
Coleman Sheehy, que também escreveu o artigo sobre a cobra para o museu, demonstrou surpresa: “É extremamente raro achar espécimes que morreram enquanto comiam uma presa, a gente nunca poderia prever um achado desses. Estamos totalmente estupefatos”.