Bola com sensor: veja nova tecnologia de impedimento da Copa do Catar
Novo sistema com 12 câmeras monitora jogadores e fornece a precisão exata do atleta dentro de campo
A Copa do Mundo 2022, que começou neste domingo (20) no Catar, terá um ajudante diferente nesta edição: uma tecnologia que será capaz de reduzir o tempo de análise dos lances de possíveis impedimentos durante os jogos.
Em julho, a Fifa anunciou que vai utilizar um sistema de última geração para tornar mais rápida a detecção, chamado de "impedimento semiautomático", que conta com um sensor dentro da bola.
A ideia é ajudar nas decisões dos árbitros e acelerar o uso do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês). A entidade calcula que a tecnologia, que hoje leva em média 70 segundos para detectar um impedimento, será reduzida para 25 segundos com o novo sistema.
Anteriormente, o protótipo foi testado na Copa Árabe e no último Mundial de Clubes da temporada passada, e a Fifa considerou os resultados como positivos.
Como funciona o sensor de impedimento dentro da bola
O sistema semiautomático contará com 12 câmeras refinadas que conseguem monitorar até 29 pontos diferentes do corpo de cada jogador, 50 vezes por segundo, calculando a posição exata dentro de campo — algo que deve diminuir o tempo médio de análise dos lances.
Para que isso seja possível, o sistema dependerá de um sensor dentro das Al Rihla — nome da bola desta Copa, que significa "a jornada" em árabe.
Segundo a Fifa, este sensor, posicionado no centro da bola, envia os dados para a sala de operações de vídeo 500 vezes por segundo, permitindo uma detecção muito precisa do ponto do chute.
Ao combinar os dados de rastreamento de membros e bolas e aplicando inteligência artificial, a nova tecnologia fornece um alerta de impedimento automatizado para os árbitros dentro da sala de operação de vídeo. Isso ocorre sempre que a bola é recebida por um atacante que estava em posição de impedimento, ao ser jogada por um companheiro de equipe.
Antes de informar o juiz em campo, os árbitros do VAR validam a decisão proposta pelo sistema, verificando manualmente o ponto de chute selecionado automaticamente e a linha de impedimento criada pela máquina, que é baseada nas posições calculadas dos membros dos jogadores.
De acordo com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, na Copa do Mundo dm 2018 a Fifa deu o passo "corajoso" de usar a tecnologia VAR no maior palco do mundo e provou ser um "sucesso indiscutível".
"A tecnologia de impedimento semiautomático é uma evolução dos sistemas VAR que foram implementados em todo o mundo. Esta tecnologia é o culminar de três anos de pesquisa e testes dedicados para oferecer o melhor para as equipes, jogadores e torcedores que irão para o Catar ainda este ano", afirmou em um comunicado.