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Brasileiros criam método para descontaminar água usando casca de coco verde

Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense desenvolveram o mecanismo de adsorção, em que partículas ficam grudadas em uma superfície

5 jul 2024 - 11h05
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Brasileiros criam método para descontaminar água utilizando casca de coco verde
Brasileiros criam método para descontaminar água utilizando casca de coco verde
Foto: Razões Para Acreditar

Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense desenvolveram uma técnica para descontaminar a água usando cascas de coco verde. O método utiliza o mecanismo de adsorção, em que partículas ficam grudadas em uma superfície, facilitando a retirada das impurezas onde elas estão. 

O projeto apresenta uma nova forma de retirar poluentes das águas de maneira sustentável

A universidade elaborou um biocarvão magnético a partir da casca do coco verde, resíduo que leva de 10 a 15 anos para se decompor.

Com isso, o estudo promove a remoção de contaminantes, utilizando como meio um resíduo já descartado, a casca do coco verde. O biocarvão possui potencial de absorção de matérias contaminantes, separando os compostos da água. 

A professora Marcela de Moraes, orientadora da pesquisa, falou à Agência Brasil sobre os benefícios deste método.

"Os poluentes coletados são fármacos, produtos de higiene pessoal e outros classificados como contaminantes emergentes, que representam um risco ambiental significativo, uma vez que não são completamente removidos por estações de tratamento de água e esgotos convencionais, gerando bioacumulação e riscos para os seres humanos e meio ambiente", explicou.  

O processo se dá pela adsorção, fenômeno que envolve o contato entre um sólido e um fluido e resulta na transferência de massa da fase fluida para a superfície do sólido. É o que acontece quando se utiliza o carvão para retirar o mau cheiro na geladeira.

"Nesse caso, o que ocorre é que os alimentos liberam substâncias gasosas na decomposição que causam esse odor. Como o carvão tem uma grande quantidade de poros na superfície, absorve esses gases, ou seja, o gás fica retido na superfície, não incorporado a seu volume, como ocorre com a absorção. Já no contexto do estudo, a diferença é que os contaminantes emergentes estão na fase líquida", ediz a professora.

Fonte: Redação Byte
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