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Buraco negro na Via Láctea sugará objeto misterioso

O X7 se move rapidamente e provavelmente atingirá o ponto mais próximo do buraco negro Sagitário A* em 2036

8 mar 2023 - 17h14
(atualizado às 17h28)
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Representação de um buraco negro sugando objeto em seu entorno
Representação de um buraco negro sugando objeto em seu entorno
Foto: NASA/CXC/M.Weiss

Cientistas descobriram que um buraco negro no centro da Via Láctea está prestes a engolir um objeto misterioso com 50 vezes a massa do planeta Terra, chamado de X7. O acompanhamento do evento é feito por pesquisadores do Obersvatório WM Keck, em Manua Kea, no Havaí, e os dados são analisados por acadêmicos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA.

O estudo foi publicado no The Astrophysical Journal. Segundo o time de astrônomos, o X7 é uma nuvem de poeira e gás ejetada durante a colisão de duas estrelas e tem o dimensões três mil vezes maiores do que a distância entre o Sol e a Terra, ou que dá quase 500 bilhões de quilômetros. 

O X7 se move rapidamente, a cerca de 1,1 mil quilômetros por segundo, e provavelmente atingirá o ponto mais próximo do buraco negro Sagitário A* em 2036. Depois disso, fará um movimento em espiral e desaparecerá para sempre. 

Estudo mapeou posição do X7 com relação a buraco negro
Estudo mapeou posição do X7 com relação a buraco negro
Foto: Divulgação / Anna Ciurlo / UCLA

"Nenhum outro objeto nesta região mostrou uma evolução tão extrema" disse Anna Ciurlo, e principal autora do artigo.

Pesquisa dura anos

Os pesquisadores colhem dados sobre o objeto misterioso há pelo menos 20 anos. A principal hipótese é que a própria força gravitacional do buraco acabou dando as dimensões gigantescas à nuvem misteriosa.

"Ele começou em forma de cometa, e muitos pensaram que talvez tivesse essa forma de ventos estelares ou jatos de partículas do buraco negro. Mas, ao segui-lo por 20 anos, vimos que ele se tornava mais alongado. Algo deve ter colocado essa nuvem em seu caminho particular", explica Anna.

A equipe de pesquisa afirma que continuará monitorando o X7 a partir do Observatório Keck, buscando qualquer "mudança dramática" enquanto o buraco negro o destrói. 

Fonte: Redação Byte
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