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Cadáver virtual permite estudar corpo humano mesmo sem corpos de verdade

1 jun 2018 - 08h04
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Pesquisadores da Montpellier Medical University, na França, estão criando um cadáver virtual para resolver um problema mundial na medicina acadêmica: a escassez de corpos humanos para estudos. A equipe reuniu imagens escaneadas em 3D para criar o modelo.

Com os avanços da ciência, a necessidade de estudar corpos humanos segue aumentando, à medida em que a oferta de cadáveres apropriados para isso está caindo. Portanto, faz-se necessária uma solução tecnológica para a questão, e é justamente isso o que os pesquisadores esperam fornecer.

Com um cadáver virtual do tipo, estudantes de medicina podem aprender coisas básicas como dissecação de corpos, por exemplo, e, assim que ganharem experiência no ambiente digital, podem, enfim, finalizar os treinamentos com corpos verdadeiros.

(Imagem: IMA Solutions)
(Imagem: IMA Solutions)
Foto: Canaltech

Para o projeto, a equipe criou dois modelos iniciais: um mostrando a área do pescoço humano e outro com imagens 3D da região pélvica. Para isso, foi necessário dissecar um cadáver verdadeiro desde a pele, até músculos e artérias, a fim de capturar as imagens e criar o modelo o mais realista possível, usando um scanner Artec 3D.

Para escanear cada camada do corpo, o scanner leva apenas dois minutos, mas cada dissecação pode levar um dia inteiro para ser concluída. Isso porque, segundo Benjamin Moreno, da IMA Solutions (empresa que forneceu a tecnologia), "a carne e alguns tecidos podem ser difíceis de escanear por conta de sua translucidez".

A partir de agora, a ideia é criar modelos do cadáver virtual com outras regiões do corpo, como coxas e mãos, somando cinco modelos prontos para serem usados em universidades até o final de 2018.

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