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Cães são capazes de sentir a dor de seus humanos, revela estudo

Contágio emocional entre humanos e cachorros vem de séculos de reprodução seletiva, sugere uma comparação com porcos de estimação

16 jul 2024 - 17h07
(atualizado às 17h10)
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O contágio emocional entre humanos e caninos vem de séculos de reprodução seletiva, sugere uma comparação com porcos de estimação
O contágio emocional entre humanos e caninos vem de séculos de reprodução seletiva, sugere uma comparação com porcos de estimação
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Sabia que cães têm a capacidade inata de sentir a sua dor? Isso é o que sugere um estudo que comparou as respostas de cães e porcos de estimação ao som de humanos chorando. Os resultados foram publicados na revista científica Animal Behaviour

Estudos testando se os animais estão apenas reagindo a sons humanos estranhos, ou se são capazes de verdadeiro contágio emocional — a habilidade de interpretar e refletir os estados emocionais das pessoas — são escassos. 

No entanto, este experimento, publicado em 2 de julho, mostrou que os cães conseguem espelhar as emoções das pessoas ao seu redor. 

A dúvida a ser esclarecida é se esse contágio emocional está enraizado em sinais vocais universais de emoção que podem ser compreendidos por todos os animais domesticados, ou se é específico para animais de companhia, como cães.

Para testar isso, pesquisadores compararam a resposta ao estresse de cães e porcos de estimação a sons humanos.

Assim como os cães, os porcos de estimação são animais sociais criados desde pequenos em torno de pessoas. Mas, diferentemente dos cães, os porcos foram mantidos como gado durante a maior parte de sua história.

Então, se o contágio emocional pode ser aprendido apenas pela proximidade com as pessoas, os porcos de estimação devem responder de maneiras semelhantes aos cães.

Como foi realizado o estudo?

Pesquisadores recrutaram donos de cães ou porcos ao redor do mundo para se filmarem em uma sala com seus animais de estimação enquanto reproduziam sons gravados de choro ou zumbido. Em seguida, eles contabilizaram o número de comportamentos de estresse — como choramingar e bocejar para cães, e movimentos rápidos de orelha para porcos — exibidos durante o experimento.

Como esperado, os cães foram “muito, muito bons em captar o conteúdo emocional de nossas vocalizações”, disse a coautora do estudo Paula Pérez Fraga, pesquisadora de comportamento animal na Universidade Eötvös Loránd em Budapeste, à Nature. 

Os cães ficavam estressados quando ouviam choro e não se comoviam com o som do zumbido. No entanto, embora os porcos tenham experimentado algum estresse quando expostos ao choro, seu comportamento sugeriu que o zumbido era muito mais estressante.

Isso pode ser porque os porcos não interpretam o choro como uma emoção negativa, diz Natalia Albuquerque, etóloga cognitiva da Universidade de São Paulo, em entrevista à Nature.

O cantarolar, no entanto, pode ser “muito estranho” para os porcos, que “não sabem como processá-lo”.

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Mais pesquisas

As descobertas sugerem que, em comparação com o gado, os animais de companhia podem ter um contágio emocional mais forte com os humanos.

Mas a cientista alerta que mais pesquisas são necessárias. “Porcos são muito sensíveis”, diz Albuquerque. “Eu esperava descobrir que porcos também mostrariam contágio emocional.”

“Não dizemos que os porcos não podem fazer [contágio emocional]”, ela diz. “A história é realmente sobre o quão bons os cães eram, não o quão maus os porcos eram.”

Fonte: Redação Byte
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