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Cafezinho "passado" a laser leva apenas 3 minutos para ficar pronto

A bebida extraída a frio poderia levar até 24 horas para ser preparada usando métodos de infusão convencionais

9 ago 2022 - 12h06
(atualizado às 13h15)
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Pesquisadores da Universidade Duisberg Essen (UDE), na Alemanha, descobriram como extrair café a frio usando feixes de laser. Segundo os cientistas, em vez de demorar até 24 horas para ficar pronta — utilizando meios convencionais de infusão — a bebida leva apenas alguns minutos para ser preparada.

De acordo com os cientistas, esse novo processo de fermentação a frio garante o mesmo sabor marcante e a maior parte dos elementos químicos presentes nesse tipo de café extraído em temperaturas mais baixas, com a vantagem de precisar de apenas uma fração do tempo para ser consumido.

"Muitas pessoas que gostam do café extraído a frio acabam abandonando o hábito de consumo por causa do tempo elevado de preparo. Equipamentos mais modernos podem encurtar esse período para cerca de 12 horas o que, convenhamos, ainda requer um certo planejamento", explica a engenheira química Anna Rosa Ziefuss, autora principal do estudo.

Café frio

Segundo especialistas no assunto, extrair o café a frio garante até três vezes mais cafeína do que o processo de filtragem por gotejamento usando água quente. Outra vantagem é que a bebida se torna menos ácida e amarga, preservando o aroma natural de uma ampla variedade de grãos.

Foto: Reprodução/UDE / Canaltech

Para conseguir um resultado parecido, os cientistas usaram uma técnica conhecida como síntese e processamento de coloides a laser, um método utilizado para separar sólidos metálicos em soluções solventes. Com um laser de granada de ítrio e alumínio dopado com neodímio eles criaram um pulso de 125 picojoules com duração de 10 picossegundos.

"Nós pulsamos esse laser através da solução de café moído misturado com água cerca de 80 mil vezes por segundo durante três minutos, aumentando a temperatura em apenas alguns graus. A bebida resultante se aproximava bastante do café a frio tradicional que precisa de um dia inteiro para ficar pronto", acrescenta Ziefuss.

Café a laser

Durante os testes, a acidez do café a laser ficou quase idêntica na comparação com o café a frio convencional e significativamente menor do que a bebida quente. Quanto ao aroma, essa característica ficou no meio termo entre a extração mais demorada e o café coado tradicional.

Os níveis de cafeína ficaram mais próximos do café quente e outros compostos aromáticos voláteis como a piridina e o difenol — presentes na fermentação a laser e a frio — praticamente desapareceram durante o processo de evaporação do café quente, prejudicando o sabor da bebida.

"O café frio a laser é apenas o começo. Estamos trabalhando no desenvolvimento de outras receitas de chá e matcha que possam utilizar o mesmo processo de fermentação para manter o aroma, o sabor e as qualidades químicas de bebidas, sem ter que submetê-las a infusões demoradas ou temperaturas escaldantes", encerra Anna Rosa Ziefuss.

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