Calor extremo pode atingir mais de 100 milhões de pessoas nos EUA em 2053
Segundo um novo estudo da First Street Foundation, temperaturas acima dos 50 ºC podem atingir 8 milhões de habitantes dos Estados Unidos já no ano que vem
As fortes ondas de calor que atingiram os Estados Unidos durante 2022 podem ser só o início de um cinturão de calor extremo em formação pelo país: um estudo conduzido pela First Street Foundation, uma instituição sem fins lucrativos, mostrou que em 2053 o fenômeno poderá cobrir uma área habitada por mais de 100 milhões de pessoas.
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O estudo foi realizado com um modelo revisado por pares, que usou dados públicos e de terceiros para estimar o risco de calor na chamada "escala hiperlocal", de 30 metros quadrados. Com seis anos de dados de satélites do governo norte-americano, o modelo trouxe previsões sobre o calor extremo que se alinham com os alertas de cientistas sobre o aumento da frequência das altas temperaturas.
Uma das maiores descobertas foi que o calor acima do limite máximo do índice de calor (medida que indica como a combinação entre umidade e a temperatura do ar é percebida pelo corpo humano) de 52 ºC, estabelecido pelo Serviço do Clima Nacional, deverá ser ultrapassado: as temperaturas devem ir além do limite em 2023, afetando 8,1 milhões de pessoas.
Já em 2053, o esperado é um aumento de 13 vezes nos efeitos, que podem se estender para 107 milhões de pessoas. Neste cenário, o calor extremo alcançaria quase 25% do território dos Estados Unidos. "Se as pessoas acham que isso foi quente, este será um dos verões mais amenos do resto da vida delas", disse Matthew Eby, CEO da instituição, em referência às ondas de calor deste ano e aos resultados do estudo.
A maior parte do cinturão deverá ficar no centro do país, indo do Texas e do litoral do Golfo de Louisiana até Chicago; já o sudoeste e sudeste dos Estados Unidos devem ter, no mínimo, um dia com temperaturas acima dos 52 °C em 2053. Segundo o Serviço Nacional Climático, temperaturas tão altas tornam alto o risco de insolação.
Vale lembrar que as projeções do estudo consideraram uma situação futura em que a humanidade reduza significativamente as emissões de gases causadores do efeito estufa, um dos responsáveis pelas ondas de calor extremo; portanto, se as emissões não forem eliminadas logo, o calor poderá ser ainda pior no futuro. "Na verdade, nossos recortes ou nossa sub-representação desses impactos do calor serão percebidos em 30 anos", alertou Eby.
Os dados foram disponibilizados e podem ser acessados aqui.
Fonte: First Street Foundation; Via: Business Insider
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