Calor recorde nos Estados Unidos causa a morte até de cactos
Phoenix, no Arizona, é uma das nove cidades dos EUA com "ilhas de calor" urbanas
Uma onda de calor sem precedentes está matando cactos no estado do Arizona, nos EUA. No Desert Botanical Garden, jardim na cidade de Phoenix, trabalhadores relatam que as plantas "desmontam" tamanho o estresse causado pelo aumento de temperatura, segundo informações da CNN.
O Desert Botanical Garden faz um inventário periódico de seus cactos da espécie saguaro e avalia a condição de cada um. Kimberlie McCuedisse, diretora científica da instituição, disse que desde 2020 ela e sua equipe viram mais cactos do jardim morrerem.
Os saguaros são “lindamente adaptados ao calor e à aridez, mas têm seus limites”, diz a especialista.
Cactos da espécie, que podem viver até 200 anos e crescer até 12 metros de altura, estão bem adaptados para viver no calor do deserto. No entanto, durante os períodos de calor excessivo, eles ficam desidratados e mais susceptíveis a infecções e infestações.
McCue disse que os saguaros doentes começam a se inclinar, parecem moles e começam a amarelar. Nesse estágio, pouco pode ser feito para reverter a situação.
Os EUA enfrentam uma onda de calor recorde. Durante o final de semana, alertas de calor excessivo e avisos sobre o calor foram emitidos para mais de 170 milhões de norte-americanos, já que as temperaturas em muitos pontos deveriam ultrapassar com folga os 38 ºC, conforme informou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS).