Script = https://s1.trrsf.com/update-1734029710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Inteligência artificial ajuda a decifrar manuscrito de mais de 600 anos

30 jan 2018 - 15h26
Compartilhar
Exibir comentários

Um dos maiores mistérios do mundo pode estar próximo de ser decifrado. O manuscrito Voynich, um documento de 240 páginas escrito em linguagem codificada e ilustrações incompreensíveis, está sendo submetido à inteligência artificial por pesquisadores canadenses.

Linguistas e especialistas em códigos já tentaram decifrar o significado do texto, até agora sem sucesso. Neste novo trabalho, os pesquisadores estão avançando na tentativa de decifrá-lo. 

Descoberto há mais de cem anos pelo livreiro polonês Wilfrid Voynich, que batizou o documento, ele não segue a lógica das linguagens já conhecidas. Com mais de 600 anos, suas páginas, que estão em estado frágil, trazem textos aparentemente escritos da esquerda para direita, intercalados com ilustrações e diagramas.

O que pesquisadores da Universidade de Alberta conseguiram identificar por meio de IA é que o texto aparenta estar escrito em hebraico, com letras dispostas em um padrão definido. Essa descoberta não levou ao conhecimento do manuscrito, mas abriu caminho para novas pesquisas.

Ninguém entende o manuscrito Voynich. Foto: Biblioteca Beinecke/Universidade de Yale
Ninguém entende o manuscrito Voynich. Foto: Biblioteca Beinecke/Universidade de Yale
Foto: Canaltech

Método de trabalho

O primerio trabalho da inteligência artificial foi tentar descobrir o idioma do manuscrito. Para isso, o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos, escrito em 380 línguas diferentes, foi a porta de entrada para a investigação de padrões.

Depois de entender a babel de idiomas, a IA partiu para estudar a linguagem aparentemente sem nexo do documento. Conclusão: ele foi escrito em hebraico codificado, não em árabe como pensavam os pesquisadores.

Agora, eles estão trabalhando para desvendar o hebraico codificado, todo escrito em alfagramas — recurso que embaralha as letras de uma palavra: CANALTECH poderia ser escrito como HCACTEALN.

O trabalho identificou que 80% das palavras estavam listadas em dicionários hebreus, mas o desafio é criar lógica entre elas, o que ainda não foi possível. Até o Google Tradutor foi convocado a participar, traduzindo palavras para inglês do que seria a primeira frase do livro: "Ela fez recomendações para o padre, o homem da casa, a mim e ao povo".

Ninguém conseguiu ainda descobrir do que se trata o manuscrito, nem com a primeira frase decifrada. Outros pesquisadores vão se juntar à empreitada para continuar o trabalho de decodificação do Voynich.

Detalhe do manuscrito Voynich. Foto: Biblioteca Beinecke/Universidade de Yale
Detalhe do manuscrito Voynich. Foto: Biblioteca Beinecke/Universidade de Yale
Foto: Canaltech
Canaltech Canaltech
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade