Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Candidatos pagaram R$ 54 mil ao TikTok para impulsionar conteúdo eleitoral, que a empresa diz proibir

Valor recebido pelo TikTok de campanhas políticas é equivalente a uma fração mínima do que receberam outras plataformas até agora

27 out 2022 - 12h04
(atualizado às 14h06)
Compartilhar
Exibir comentários
Segundo a política de anúncios do TikTok, propagandas políticas são proibidas desde 2019
Segundo a política de anúncios do TikTok, propagandas políticas são proibidas desde 2019
Foto: Solen Feyissa / Unsplash

Candidatos gastaram R$ 53.963 com impulsionamento de conteúdos no TikTok, segundo dados declarados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e agregados pela ferramenta Observatório de Impulsionamento Eleitoral, do Núcleo Jornalismo.

Segundo a política de anúncios do TikTok, propagandas políticas são proibidas desde 2019, "pelo sentimento alegre e irreverente do aplicativo, característica que o torna um lugar tão divertido para passar o tempo".

O valor recebido pelo TikTok de campanhas políticas é equivalente a uma fração mínima do que receberam outras plataformas até agora:

  • 0,04% dos R$ 132 milhões gastos em impulsionamento nas plataformas da Meta (Facebook e Instagram);
  • e 0,08% dos R$ 65 milhões pagos ao Google (que inclui anúncios no YouTube).

Desde 21 de setembro, as regras da plataforma ficaram mais restritivas, retirando opções de publicidade de contas de políticos e partidos.

  • A proibição não impediu que 25 candidaturas de 16 partidos pagassem por impulsionamento na plataforma;
  • A senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) foi recordista, com gasto de R$ 10 mil. Durante a campanha, a então candidata desinformou sobre cartilha de combate às drogas, em postagens que foram removidas das redes sociais por determinação judicial;
  • Notório por desinformar sobre vacinas e a Covid-19, o deputado federal eleito Marco Feliciano (PL-SP) declarou gasto de R$ 5.000 com impulsionamento de conteúdos;
  • As despesas vão de 18 de agosto, dois dias após o início da campanha, a 27 de setembro — quando o TikTok, em tese, já havia bloqueado o acesso de políticos a recursos de anúncios.

Não é possível saber do que tratavam os vídeos impulsionados pelos candidatos, uma vez que eles não ficam disponíveis nos perfis públicos dos candidatos, mas em seus perfis de anunciante.

Questionada, a empresa informou que "todos os anúncios foram removidos e as contas que violaram as políticas foram suspensas". Segundo o texto, o "TikTok é uma plataforma de entretenimento e, por isso, proíbe e remove propaganda política e eleitoral".

Aos Fatos
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade