Capacete de grafeno de empresa brasileira é o primeiro do mundo
O material é uma fina camada de grafite que pode apresentar características valiosas para várias áreas da indústria
A empresa brasileira Taurus Helmets é a responsável por produzir o primeiro capacete automobilístico a base de grafeno, segundo o site Fast Company Brasil. O material gera uma finíssima camada de grafite impermeável, com alta condutividade térmica e elétrica, amplamente usada na eletrônica, telecomunicações e até na construção civil.
O produto é fruto de uma parceria entre a empresa, a Universidade Caxias do Sul e a UCS Graphene, que produz o grafeno em larga escala na América Latina.
Carlos Laurentis, CEO da Taurus Helmets, disse ao portal que as entidades envolvidas no projeto apresentaram, em 2020, a possibilidade de utilizar o grafeno por meio de polímeros (macromoléculas resultantes da união de muitas unidades de moléculas pequenas), o que acabou ganhando o nome "Graph-X".
"O maior desafio foi chegar à fórmula do Graph-X, integrando o grafeno com materiais ainda não utilizados em nosso processo produtivo", diz.
A partir da nova fórmula, o material, que promete melhorar propriedades de outros elementos que recebam uma pequena porcentagem de sua composição, entrou na cadeia de produção da empresa.
Com a integração do grafeno, a companhia promete um capacete mais forte, seguro e eficiente na absorção de impactos. O artefato supostamente pode suportar mais choques sem sofrer danos mesmo em altas temperaturas, graças à sua grande capacidade de dissipação de calor.
O primeiro lançamento será com o modelo Cafe Racer, da linha Urban Helmets. Segundo a Taurus, o preço de R$ 989 do capacete comum, fabricado em ABS, será mantido.