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Carne de laboratório pode ser 25x pior para o clima do que a comum, diz estudo

O caldo de nutrientes usado para cultivar as células animais tem uma grande pegada de CO2

10 mai 2023 - 14h42
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Carne de laboratório pode ser pior para o clima do que carne bovina
Carne de laboratório pode ser pior para o clima do que carne bovina
Foto: Forbes

Um estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, descobriu que a carne produzida a partir de células cultivadas em laboratório pode ser 25 vezes pior para o clima do que a carne comum. 

Os resultados foram publicados na revista científica de pré-impressão bioRxiv e precisam ser revisados por pares.  

A ideia da carne cultivada em laboratório surgiu para reduzir os impactos ao meio ambiente, sendo uma alternativa mais ecológica e gentil à carne comum, vinda de animais. Ela é produzida a partir do cultivo de células-tronco animais em um caldo rico em nutrientes.

Em sua fabricação, ela usa menos terra, ração, água e antibióticos do que a pecuária e elimina a necessidade de criar e abate de gado, que são uma importante fonte de gases de efeito estufa.

Estudos mostram o contrário

Apesar disso, o novo estudo mostra que o potencial de aquecimento global da carne cultivada, definido como o equivalente de dióxido de carbono (CO2) emitido para cada quilo de carne produzida, é de 4 a 25 vezes maior do que a carne bovina normal.

Os pesquisadores realizaram uma avaliação do ciclo de vida da carne cultivada que estimou a energia usada em cada etapa dos métodos de produção. 

O que eles descobriram é que o caldo de nutrientes usado para cultivar as células animais têm uma grande pegada de CO2 porque contém componentes como açúcares, fatores de crescimento, sais, aminoácidos e vitaminas, que vêm com custos de energia.

Isso pode ser explicado porque é necessário que haja energia para o cultivo de açúcares e para operar laboratórios que extraem fatores de crescimento das células, por exemplo.

Outros processos envolvem a purificação de componentes com uso de energia, o chamado "grau farmacêutico", são feitos para que não haja contaminantes como bactérias ou suas toxinas associadas no caldo.

A equipe de Pelle Sinke, da CE Delft, uma empresa de consultoria na Holanda, fez uma avaliação do ciclo de vida da carne cultivada em janeiro deste ano e descobriu que a pegada de carbono seria menor do que a da carne bovina.

No entanto, sua análise, que foi parcialmente financiada pelo Good Food Institute, um grupo de defesa da carne cultivada com sede em Washington DC, modelou um cenário futuro hipotético no qual os componentes de grau farmacêutico foram substituídos por outros menos puros denominados “grau alimentício”. 

Ao NewScientist, Sinke disse que “seria possível fazer essa transição de grau farmacêutico para grau alimentício no futuro”, diz Sinke.

Fonte: Redação Byte
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