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Casa Branca considerou banir Huawei de sistema financeiro dos EUA, dizem fontes

3 dez 2019 - 09h52
(atualizado às 09h55)
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O governo Trump considerou banir a Huawei do sistema financeiro dos Estados Unidos no início deste ano como parte de uma série de opções de políticas para frustrar a gigante dos equipamentos de telecomunicações, segundo três pessoas familiarizadas com o assunto.

25/03/2019
REUTERS/Tyrone Siu
25/03/2019 REUTERS/Tyrone Siu
Foto: Reuters

O plano, que acabou sendo arquivado, pedia a colocação da Huawei, a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, na lista de Nacionais Especialmente Designados do Departamento do Tesouro (SDN).

Uma das pessoas familiarizadas com o assunto, que é a favor do movimento, disse que isso poderá ser retomado nos próximos meses, dependendo de como as coisas caminharão com a Huawei.

O plano foi considerado pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e visto pelas autoridades como uma opção extrema no topo de um conjunto de ferramentas políticas para sancionar a empresa, disseram duas pessoas. Essa designação pode tornar praticamente impossível para uma empresa concluir transações em dólares americanos.

Oficiais do governo redigiram um memorando e realizaram reuniões entre as agências sobre o assunto, de acordo com uma das pessoas, mostrando até que ponto os oficiais do governo ponderaram a implementação da ferramenta de sanção mais agressiva dos Estados Unidos contra a empresa chinesa.

A Huawei não respondeu a um pedido de comentário. Um porta-voz do Tesouro disse que o órgão "não comenta investigações ou ações em potencial, inclusive para confirmar sua existência".

A Huawei estaria entre as maiores empresas já incluídas nesta lista, que inclui a russa Rusal, a segunda maior empresa de alumínio do mundo, além de oligarcas russos, políticos iranianos e traficantes de drogas venezuelanos.

A designação proíbe empresas ou cidadãos norte-americanos de negociar ou realizar transações financeiras com aqueles listados e congela ativos da empresa mantidos nos Estados Unidos.

A adição da Huawei, portanto, prejudicaria aliados dos EUA que já confiam na empresa para suas redes 4G, uma vez que quase todos os pagamentos em dólar passam pelas instituições financeiras do país.

O tamanho da Huawei, com dezenas de subsidiárias, complicaria significativamente os esforços dessa imposição e sua execução, disseram especialistas.

"Quanto maior a entidade, mais difícil é a administração dos EUA prever e se preparar para os principais efeitos, estrangeiros e domésticos, que colocá-la na lista de SDN pode causar", disse Matthew Tuchband, ex-funcionário do Tesouro que acrescentou que é necessário fazer uma consideração antes de incluir na lista uma empresa do tamanho da Huawei.

No entanto, alguns parlamentares ainda consideram que a Huawei deve ser considerada para a lista.

"Dada a implacável iniciativa da Huawei de dominar o cenário 5G, ela é uma das ameaças de segurança nacional mais urgentes que o mundo livre enfrenta", disse o congressista republicano Michael Gallagher.

"Todas as opções devem ser consideradas para impor pressão máxima", acrescentou.

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