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Casamentos ruins podem atrapalhar recuperação de infarto

Estudo na Universidade de Yale mostrou que estresse conjugal pode impactar o coração, atrapalhando até a recuperação de eventual infarto

3 nov 2022 - 05h00
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Casamento turbulento pode ser fator de influência na recuperação física de um indivíduo após um ataque cardíaco
Casamento turbulento pode ser fator de influência na recuperação física de um indivíduo após um ataque cardíaco
Foto: Kelly Sikkema / Unsplash

Um casamento ruim pode trazer graves problemas para o seu coração – literalmente. É o que diz um recente estudo, realizado pela Universidade de Yale (EUA), que analisou como fatores como o estresse conjugal podem afetar a saúde física de jovens e adultos.

Os pesquisadores descobriram que um casamento turbulento pode ser fator de influência na recuperação física de um indivíduo após um ataque cardíaco, aumentando a probabilidade de dor no peito e readmissão ao hospital.

"Descobrimos que há uma associação independente entre estresse conjugal grave e piores resultados no primeiro ano de recuperação", diz o pesquisador principal Cenjing Zhu, doutorando em epidemiologia de doenças crônicas na Escola de Saúde Pública de Yale. 

A pesquisa analisou cerca de 1.500 adultos, com idade média de 47 anos, que haviam acabado de passar por um infarto. 

Os participantes preencheram um formulário de 17 questões, projetado para avaliar o estresse conjugal, e foram colocados em três categorias: estresse leve ou nenhum, estresse moderado e estresse severo. Os pesquisadores então os acompanharam por até um ano para ver o que aconteceria.

Em comparação com pessoas em casamentos saudáveis, pacientes sob estresse conjugal grave eram 67% mais propensos a sofrer dores no peito recorrentes durante o primeiro ano de recuperação. O mesmo tipo de problema também aumentou as chances de reinternação de pacientes em 50%.

O estudo apontou ainda que profissionais da saúde devem levar em consideração alguns aspectos sociais durante o acompanhamento dos pacientes, já que os dados mostraram que a incidência de estresse conjugal grave teve uma distribuição desigual entre homens e mulheres. Quase quatro em cada 10 mulheres disseram ter estresse conjugal grave, enquanto três em cada 10 homens afirmaram passar pelo mesmo problema.

Em uma escala de 12 itens, por exemplo, os participantes com estresse conjugal grave pontuaram 2,6 pontos a menos em saúde mental. No quesito saúde física, o déficit é de 1,6 com relação a aqueles que relataram pouco ou nenhum estresse.

Segundo o Ministério da Saúde, o Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no país. Estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto. A cada cinco a sete casos ocorre um óbito.

“Esforços futuros devem considerar o problema na triagem dos pacientes para identificar melhor as pessoas com alto risco de problemas na recuperação”, pontuou Zhu.

Fonte: Redação Byte
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