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Celular de Wassef: como PF pode ter quebrado senhas

Ex-advogado de Bolsonaro possuía quatro aparelhos, mas não forneceu senha para os agentes da Polícia Federal

22 ago 2023 - 11h28
(atualizado em 30/8/2023 às 10h33)
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Ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL) não forneceu a senha dos aparelhos para a Polícia Federal
Ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL) não forneceu a senha dos aparelhos para a Polícia Federal
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A Polícia Federal obteve sucesso na quebra das senhas dos quatro celulares pertencentes a Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dispositivos foram apreendidos pela corporação na quarta-feira (17), na cidade de São Paulo.

A informação foi compartilhada pelajornalista Camila Bomfim, da GloboNews. Wassef não entregou a senha dos aparelhos. Isso está previsto na Constituição Federal, no Princípio da Legalidade (artigo 5º, II), que determina que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sem ordem judicial. 

Embora os detalhes exatos das técnicas dos agentes não sejam divulgados, como informou a PF ao Byte, há algumas informações disponíveis sobre como a autoridade brasileira pode desbloquear celulares em determinadas circunstâncias.

Software

Um dos mais conhecidos é o Cellebrite, uma empresa com sede em Israel, que oferece uma linha de serviços voltados para a análise forense de dispositivos eletrônicos.

Ela atua em um mercado que possui várias outras concorrentes, mas se destaca como um dos nomes mais reconhecidos nesse campo. As soluções que a companhia desenvolve são comercializadas exclusivamente para agências policiais e autoridades, o que limita sua disponibilidade a esses setores.

Através do seu software Cellebrite Premium, a empresa afirma ter a capacidade técnica de desbloquear uma variedade de smartphones com sistemas operacionais Android e iOS.

Além disso, a Cellebrite oferece suporte de laboratório com especialistas certificados em inteligência digital para auxiliar nas investigações.

É importante mencionar que o serviço não é infalível. A lista de dispositivos compatíveis está em constante atualização e não é publicamente divulgada.

Outro ponto é que a versão do sistema operacional também pode impactar a eficácia do desbloqueio.

Embora os detalhes específicos do funcionamento do serviço sejam mantidos como segredo comercial, geralmente a Cellebrite utiliza uma combinação de tecnologias, envolvendo tanto software quanto hardware, para desbloquear dispositivos móveis ou extrair o máximo de informações possíveis dos aparelhos, incluindo dados que tenham sido apagados.

A polícia do Rio de Janeiro já utilizou o software anteriormente para para obter mensagens apagadas de celulares, dentro da investigação sobre a morte do menino Henry Borel.

Fonte: Redação Byte
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