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Celular Seguro: é possível desbloquear o celular caso você encontre o aparelho?

Com o objetivo de combater furtos e roubos de dispositivos móveis, serviço já ultrapassou a marca de 1 milhão de usuários cadastrados

1 jan 2024 - 18h51
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O governo lançou recentemente o Celular Seguro, serviço que permite o bloqueio do aparelho e dos aplicativos bancários para impedir o acesso de criminosos em caso de perda, roubo ou furto. A ferramenta, no entanto, tem causado dor de cabeça em algumas pessoas que não conseguiram desbloquear o celular após testar o serviço ou encontrar o aparelho.

Usuários relatam, nas redes sociais e nas avaliações do aplicativo, que não há uma opção para desbloquear o celular após o registro de alerta no Celular Seguro. "Pessoal, cuidado! Fui fazer um teste e gerar um alerta e acabei bloqueando meu aparelho. Já tentei na operadora, polícia e Anatel e ninguém tem informações de como reverter o bloqueio", diz um usuário em avaliação do aplicativo na App Store no último dia 21.

Mais de um milhão de pessoas já se cadastraram no Celular Seguro, segundo nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública publicada nesta segunda-feira, 1º. A ferramenta já recebeu 7.005 alertas de usuários referentes a perda, roubo ou furto de aparelhos.

Mais de um milhão de pessoas já se cadastraram no Celular Seguro, ferramenta que permite o bloqueio do aparelho em caso de perda, roubo ou furto
Mais de um milhão de pessoas já se cadastraram no Celular Seguro, ferramenta que permite o bloqueio do aparelho em caso de perda, roubo ou furto
Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO / Estadão

Ricardo Cappelli, Ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, disse, em entrevista à GloboNews no último domingo, que "não é possível fazer teste", já que o registro de perda, roubo ou furto irá bloquear o celular. Segundo ele, esse sistema que dificulta o desbloqueio mostra que o "aplicativo vem funcionando muito bem".

É possível desbloquear o celular após o cadastro no Celular Seguro?

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informa que o botão de emergência do Celular Seguro só deve ser utilizado em casos de perda, furto ou roubo do celular. A ferramenta não oferece a possibilidade de fazer o desbloqueio.

Caso o usuário emita um alerta de perda, furto ou roubo, mas recupere o telefone, será necessário solicitar os acessos entrando em contato com a operadora, bancos e outros parceiros. "Cada empresa segue um rito diferente para a recuperação dos aparelhos e das contas em aplicativos", coloca o Ministério em nota.

Nos Termos de Uso e Política de Privacidade do Programa Celular Seguro, disponível neste link, fica claro esse funcionamento : "O usuário que tiver a emissão de alerta por meio do Serviço Celular Seguro fica ciente que para realizar o desbloqueio dos serviços deverá dirigir-se a sua prestadora de telefonia e as instituições financeiras para proceder com a solicitação de cancelamento dos bloqueios efetuados."

Como funciona o Celular Seguro?

O serviço pode ser acessado pelo site do Celular Seguro ou pelo aplicativo disponível na App Store e no Google Play.

Após baixar o aplicativo ou acessar o site, é preciso fazer o login por meio da conta Gov.br. Para o cadastro, o usuário deverá informar o número, marca e modelo. É possível registrar mais de um número, mas eles precisam estar vinculados ao CPF do titular da linha para que o bloqueio seja efetivado. O sistema ainda permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão criar ocorrências em nome do usuário.

O usuário deve descrever quando, onde e como ocorreu o problema. O sistema emitirá alertas para que as instituições participantes tomem as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros e do aparelho.

Até agora, só é possível bloquear o aparelho e alguns aplicativos de instituições financeiras. O bloqueio da linha telefônica, por meio do chip, deve ficar disponível no aplicativo até o dia 9 de fevereiro, segundo o Ministério. Por enquanto, é necessário bloquear a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.

A maioria dos aplicativos de bancos já podem ser bloqueados pelo serviço. Outros aplicativos, como Google, iFood e Uber, são parceiros da iniciativa, mas ainda não podem ser bloqueados.

Veja as instituições que já são participantes do Celular Seguro

  • Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações
  • ABR Telecom
  • Febraban
  • Banco do Brasil
  • Caixa Econômica Federal
  • Bradesco
  • Santander
  • Itaú
  • Banco Inter
  • Sicoob
  • XP Investimentos
  • Banco Safra
  • Banco Pan
  • BTG Pactual
  • Sicredi

Veja as linhas telefônicas que poderão ser bloqueadas em serviço que deve entrar em vigor até 9 de fevereiro

  • Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações
  • ABR
  • Conexis Brasil Digital
  • Claro
  • Vivo
  • Tim
  • Algar
  • Ligga

Demais parceiros do Celular Seguro

  • Google
  • 99 Táxi
  • iFood
  • Zetta
  • Uber
  • Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
Estadão
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