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Entenda como funciona um smartphone

4 abr 2010 - 14h58
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Atualmente os smartphones são praticamente indispensáveis para nós. Diferente de um simples celular que apenas realiza chamadas telefônicas e troca mensagens de texto, um smartphone recebe e envia e-mails, acessa a internet, lê e edita documentos, conecta-se a redes de relacionamento e mensageiros instantâneos, enfim, mantém o seu portador conectado 24h por dia com o mundo. E tudo isso cabe dentro do bolso da calça ou da camisa.

O smartphones já é considerado item básico
O smartphones já é considerado item básico
Foto: AFP

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Mas os smartphones não são mais tão "básicos" assim, desde o surgimento do primeiro iPhone uma explosão começou, os lançamentos são constantes e as empresas brigam para oferecer o melhor produto. O que antes era destinado ao mercado corporativo quase que com exclusividade, hoje interessa aos mais variados tipos de pessoas e pode se tornar até uma central multimídia extremamente portátil.

Temos smartphones com capacidade de reprodução e gravação de vídeos em HD, equipados com câmeras de 10MP ou mais, GPS então é algo já quase obrigatório em um smartphone. Como se não bastasse isso, temos milhares de aplicativos dos mais diversos tipos e utilidades rodando nos smartphones.

Eles são muito mais parecidos com um computador do que com um telefone celular padrão, mas, como eles funcionam?

System-on-a-Chip

Assim como um computador normal, um smartphone é um conjunto de hardwares que roda sob certo sistema operacional. O principal componente do hardware do smartphone é o SoC (System-on-a-Chip). Além de ser o processador principal do sistema, o SoC integra diversos outros processadores responsáveis por quase todas as suas funções como som, vídeo, câmera, GPS, conectividade e outros.

Como o nome já sugere, o SoC é um sistema inteiro dentro de um único chip, ele reúne diversos processadores, cada um (ou mais) é responsável por uma função especifica no sistema. E no caso geral dos smartphones a CPU é baseada em um (ou dois) núcleo(s) ARM.

Os principais SoCs no mercado de smartphones são fabricados pela Samsung, Qualcomm, Texas Instruments, e mais recentemente também a nVidia com seus Tegras.

Vamos falar um pouco mais sobre esses SoCs...

Samsung

iPhone/iPhone 3G SoC

Com certeza o mais famoso aparelho a utilizar SoCs da Samsung é o iPhone. Tanto a primeira versão como o iPhone 3G utilizam um sistema com um CPU derivado da arquitetura ARM11, mais precisamente um ARM1176JZF-S que roda a 412MHz (apesar de ser capaz de rodar a 667MHz, a Apple fez a opção por um clock menor em prol de uma maior autonomia). O núcleo ARM11 é capaz de executar uma única instrução RISC em ordem. Conta com 16KB de Cache L1 para dados e 16KB para instruções (32KB de Cache L1 total) e nenhum Cache L2. O consumo estimado, segundo a ARM, para um núcleo ARM11 é de mais ou menos 0,25mW por MHz, esse chip deve consumir em torno de 100mW apenas.

Junto com esse núcleo ARM11 o SoC ainda tem um processador gráfico PowerVR MBX-Lite que tem suporte por hardware de T&L e é compatível com Open GL ES 1.1. Mas ainda assim é um GPU bastante simples, a arquitetura de função fixa dele lembra muito um GPU da época do DirectX 6 ou 7. Não tenho informações exatas sobre o clock da GPU, mas deve rodar a um clock próximo aos 60MHz.

A arquitetura completa desse SoC não é muito divulgada pela Apple, mas para você ter uma idéia esse SoC tem um CPU, uma GPU e diversos outros controladores num chip menor que o Atom da Intel. Este SoC é feito no processo de produção de 90 nanômetros.

iPhone 3GS SoC

O iPhone 3GS já utiliza um SoC bem mais potente. Segundo a Apple o iPhone 3GS é 2x mais rápido que seu antecessor, no 3GS sai a dupla ARM11 + MBX-Lite e entram o ARM Cortex A8 junto com o GPU PowerVR SGX. O núcleo ARM Cortex A8, neste chip roda a 600MHz, e é capaz de processar 2 instruções RISC em paralelo (o dobro que o ARM11), mas ainda de forma em-ordem, muito parecido com o Pentium de primeira geração. Para poder aumentar o clock na arquitetura Cortex A8 o numero de estágios em nível de pipeline para calculo de inteiros sobe de 8 para 13. O Cache L1 tem o dobro do tamanho de um ARM11 e conta agora com 32KB para dados e 32KB para instruções e a CPU recebe um agradável Cache L2 de 256KB.

O ARM11 tinha apenas um básico vetor responsável pelo calculo de ponto flutuante, já o Cortex A8 implementa um poderoso e avançado motor SIMD, o que o torna até mais parecido com um Atom do que com um Pentium. Infelizmente assim como o desempenho, o consumo também aumenta no Cortex A8, a ARM estima pouco menos de 0,59mW por MHz, totalizando +- 300mW para o CPU do iPhone 3GS.

A GPU desse SoC é um PowerVR SGX, muito mais avançada que o MBX-Lite, ela tem um núcleo totalmente programável, assim como as GPUs DirectX 8 ou 9, é compatível com OpenGL ES 2.0. A toda a geometria e os pixel e vertex sharders são executados por um motor de sombreamento chamado USSE (Universal Scalable Sharder Engine). Esse chip roda a 200MHz e é praticamente o mesmo utilizado pela Intel no seu GMA500, do chipset Pulsbo. Com poder de processamento de 28 milhões de polígonos/seg tem um desempenho de geometria 28x maior, e um preenchimento de 500 milhões de pixels/seg, 5x maior, que o MBX-Lite. Esse SoC é feito no processo de fabricação de 65nm.

Qualcomm

A Qualcomm, para quem não conhece, é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias wireless, e também o maior fornecedor de chips "fabless" (sem fábricas próprias) do mundo. Vamos falar de dois dos seus mais populares SoCs, o MSM 7201A e o Snapdragon, que devido a sua potencia já fez até sua aparição nos smartbooks com a Lenovo e a Asus.

MSM 7201A

A família MSM 720xx é amplamente utilizada por diversos fabricantes nos seus smartphones. Uma lista com vários modelos é rapidamente listada pela sua popularidade, entre alguns deles temos os HTCs Hero, Dream, Touch Pro, Touch Pro2, Touch Diamond, Touch Diamond2, Touch HD, os HPs Data Messenger e Voice Messenger, Motorola CLIQ e BACKFLIP, Asus Galaxy 7, Sony Ericsson X1 series e X2 series, Palm Treo Pro, Samsung Galaxy entre outros.

O MSM 7201A é um SoC datado de 2008 e tem como CPU um núcleo baseado na arquitetura ARM11, mesma utilizada pelo chip do iPhone da primeira geração e do iPhone 3G, então não vamos comentar de novo sobre ela. Mais precisamente esse CPU é um ARM1136EJ-S que roda a 528MHz. Levando em consideração os dados da ARM nos devemos ter um consumo de cerca de 130mW para esse processador.

Ainda integrando esse SoC temos um modem 3G baseado na arquitetura ARM9, dois DSPs QDSP4000 e QDSP5000 capazes de funcionar nas tecnologias GSM, GPRS/EGPRS Multislot Classe 12, EDGE, UMTS/WCDMA, HSDPA, HSUPA e MBMS, um módulo a-GPS (GPS assistido) gpsOne, todos esses desenvolvidos pela própria Qualcomm. O GPU desse SoC é um ATI Imageon com poder processamento de 4 milhões de polígonos/seg e de preenchimento de 133 milhões de pixels/seg. Além da parte gráfica o ATI Imageon pode gerenciar toda a parte multimídia, é responsável pelo processador de áudio, câmera fotográfica de até 6MP, playback de vídeo VGA em até 30fps e gravação de vídeos QVGA em até 24fps.

Finalizando, esse SoC é feito no processo de fabricação de 65nm.

Snapdragon

O Snapdragon hoje é a menina dos olhos da Qualcomm, por si só ele não é um SoC propriamente dito, mas sim uma arquitetura utilizada por SoCs da Qualcomm, e é uma das mais rápidas encontrada nos smartphones atuais. Dentre os utilizadores de SoCs Snapdragon temos o HTC/Google Nexus One, HTC HD2, Acer Liquid A1 e neoTouch, Toshiba TG01, LG eXpo e vários lançamentos estão por vir, entre eles o HTC Desire e o Sony Ericsson X10.

A base de um Snapdragon é um CPU derivado da arquitetura ARM Cortex A8, mesma utilizada pelo processador do iPhone 3GS, só que rodando em clocks muito maiores. O chip mais recente produzido pela Qualcomm utiliza um Dual Core Cortex A8 rondando a incríveis 1,5GHz, é o QSD8672, fabricado em 45nm foi apresentando no segundo semestre de 2009, mas ainda não foi lançado oficialmente. Mas, na maioria das vezes nos vemos o Snapdragon na "singela" configuração com apenas um núcleo Cortex A8 rodando a 1GHz.

Todos os processadores Snapdragon tem integrados um GPU capaz de decodificar vídeos HD em 720p (a exceção do QSD7672 que é capaz de decodificar vídeo em 1080p) com poder de processamento de até 22 milhões de poligonos/seg e preenchimento de 133 milhões de pixels/seg.

Completam ainda o SoC um DSP de 600MHz, módulo a-GPS gpsOne, modem 3G, controladores responsáveis pela comunicação WiFi e Bluetooth, para a câmera de até 12MP, para o áudio com suporte a vários codecs (MP3, AAC+, eAAC+ entre outros) e por fim para a TV digital compatível com os padrões DVB-H e ISDB-T.

Devido ao seu grande poder de processamento os Snapdragons também são encontrados nos novos smartbooks como no Lenovo Skylight e em uma versão do Asus eeePC que roda o Android 2.1.

Texas Instruments

A Texas Instruments tem um uma plataforma própria que já se encontra na quarta geração, são os SoCs OMAP (Open Multimedia Application Plataform). Os OMAPs são muito famosos por sua utilização por parte da Nokia (grande parte dos seus telefones utilizam esses chips), assim como a Motorola, Palm, Sony e outras. Vamos comentar a respeitos nos ultimos OMAP3 e OMAP4.

OMAP3

A Texas Instruments dividiu seus SoCs OMAP3 em três grupos: os OMAP34xx, os OMAP35xx, e os OMAP36xx. Os OMAP34xx e OMAP36xx são os utilizados pelas grandes fabricantes nos seus smartphones, enquanto que os OMAPS35xx tem outros fins. Basicamente o OMAP36xx é uma versão de 45nm do OMAP34x, feito em 65nm, com maior clock.

O CPU que roda em um OMAP3 é um ARM Cortex A8 (mesma arquitetura do chip do iPhone 3GS) com clocks variando entre 600MHz e 1GHz, para o OMAP3640. Mas nós vamos nos ater mais no modelo OMAP3430 que é o utilizado nos telefones Motorola Droid (Milestone aqui no Brasil), Palm Pre e Nokia N900. Esse chip é gravado em 65nm e o CPU opera a um clock de 600MHz devendo ter um consumo estimado por volta dos 300mW.

Não é regra, mas os OMAP3, incluindo o OMAP3430, vem com um GPU PowerVR SGX 530, mesma arquitetura do GPU utilizado pelo iPhone 3GS, e este roda a 200MHz com poder de processamento de 14 milhões de polígonos/seg e um preenchimento de 500 milhões de pixels/seg. Completam ainda o SoC um DSP C64x de 430Mhz, um ISP e um acelerador de Imagem, Vídeo e Áudio chamado, criativamente, de IVA2, ele oferece suporte a câmeras de até 12MP, vídeos HD em 720p e diversos codec de som.

OMAP4

O OMAP4 foi anunciado recentemente pela Texas Instruments, mas ainda não chegou ao mercado, ele oferece o que a ARM e a PowerVR tem de melhor, é equipado com um Dual Core ARM Cortex A9 com freqüências entre 750MHz e mais de 1GHz. Trás consigo ainda um poderoso GPU PowerVR SGX540 que roda a 200MHz e oferece o dobro do desempenho do SGX530 utilizado nos OMAP3.

Ele virá com um novo acelerador IVA3 que suporta câmeras de até 20MP, diversos codecs de áudio e como principal novidade a capacidade de reproduzir vídeos em resolução FullHD (1080p) em até três telas independentes. Originalmente deverá ser fabricado em 45nm e promete uma autonomia até 3x maior que os OMAP3 na reprodução de áudio.

Esperamos para o segundo semestre do ano para que apareçam os primeiros aparelhos dotados desses chips. Ahh, e quanto à arquitetura do ARM Cortex A9, nos já iremos falar dela logo adiante.

nVidia

Apesar de produzir seus SoC Tegra há um bom tempo, até hoje não vimos nenhum smartphone que utilize ele. Porém a nVidia não está de bobeira e quer entrar logo neste, muito, lucrativo mercado. Ela estima que somente esse ano o Tegra deva render aos seus cofres cerca de US$ 4 bilhões, valor esse que sobe para 6 bilhões em 2011 e chega aos US$ 10 bilhões no ano de 2013. Isso é mais dinheiro do que a nVidia arrecada no mercado de PCs hoje em dia.

Tegra

O Tegra de primeira geração utiliza um processador single core ARM11, mesma arquitetura do chip do iPhone de primeira geração, rodando a 600MHz conta com suporte a memórias LP-DDR e está disponível em duas versões para o mercado de smartphones, a APX 2500 e APX 2600, que se diferem basicamente no maior suporte a memórias flash para a versão APX 2600.

Vindo da nVidia nos devemos esperar um SoC com ótimo desempenho de vídeo, e é o que temos. O GPU integrado no Tegra, o qual a nVidia não revela maiores informações, conta com suporte a OpenGL ES 2.0 e Mobile Direct3D, hardware com Pixel e Vertex Sharders programáveis assim como nas mais recentes arquiteturas (desde os GPUs DirectX 8). O chip é capaz de reproduzir vídeos HD em até 720p e conta com saídas HDMI 1.3 (limitado a 720p), VGA (até 1280x1024), S-Video e vídeo composto, mas não temos dados sobre seu poder de processamento e preenchimento. Ainda tem o suporte para câmeras de até 12MP e vários codecs de áudio, incluindo AAC, AMR, WMA e MP3.

Esse chip é feito no processo de fabricação de 65nm da TSMC com um consumo que deve girar entre os 150mW e 200mW para o CPU.

Tegra2

Com o Tegra2 a nVidia passou direto pelos ARM Cortex A8 e nos trouxe os novíssimos e super poderosos ARM Cortex A9, que também equipam os OMAP4, numa configuração Dual Core em um SoC composto num total por 8 processadores. Ela, e francamente eu também, acredito que é uma solução melhor que o Cortex A8, a ARM afirma que o Cortex A9 em 65 rodando a 1GHz consome menos de 250mW por núcleo, contra algo em torno dos 500mW para um Cortex A8. Como temos o Tegra2 sendo fabricado em 40nm, esse valor deve ser um pouco menor ainda.

E agora sim vamos falar da arquitetura do Cortex A9. Do ARM11 pro Cortex A8 os cálculos de inteiros subiram de 8 para 13 estágios de pipeline (para poder elevar o clock dos chips), agora no Cortex A9 a ARM consegue uma façanha e volta aos 8 estágios de pipeline mantendo e até elevando o clock em relação ao seu antecessor. O Cortex A9 ainda executa duas instruções RISC em paralelo, mas agora também pode executá-las fora de ordem, assim como os mais modernos processadores x86.

O mais impressionante são as freqüências que o Cortex A9 pode atingir, os núcleos OMAP4 rodarão entre 750MHz e mais de 1GHz, o Tegra2 rodará a 1GHz, mas a ARM afirma ser possível produzir núcleos rodando em até 2GHz com o processo de 40nm da TSMC.

Quanto ao que se refere a desempenho, o Cortex A9 conta com um motor SIMD (NEON) capaz de realizar 16 operações por instrução, o que garante ao Cortex A9 o dobro de desempenho em ponto flutuante em comparação com o Cortex A8. A ARM diz que um Cortex A8 é capaz de fazer 2 DMPIS por MHz, já o Cortex A9 faz 2,5 DMPIS por MHz. Levando em conta que a grande maioria dos Cortex A8 foi produzido em 600MHz nos chegamos a 1200 DMIPS, e os Cortex A9 estão sendo produzidos em clocks a partir de 750MHz, então nós já partimos dos 1875 DMIPS (mais de 50% em relação a maioria dos Cortex A8), e isso vale para um único core (o que pensar de um Dual Core?).

Voltando ao Tegra2 e completando os seus 8 processadores ainda temos os núcleos responsáveis pela reprodução e gravação de vídeos em FullHD (1080p), contra os 720p do Tegra de primeira geração. Um processador de imagem com suporte a câmeras de até 12MP com diversos recursos de tratamento, um processador de áudio capaz de reproduzir vários codecs (incluindo AAC, AMR, WMA e MP3) e um núcleo ARM7 responsável pelas tarefas gerais do chip. Por final o Tegra2 inclui um GPU com a mesma arquitetura do Tegra de primeira geração, porém, segundo a nVidia com o dobro do desempenho sendo capaz de rodar Quake3 em 720p com AA ativado a mais de 40fps.

Para completar, o Tegra2 conta com suporte a memórias LP-DDR2 e deverá aparecer primeiro nos tablets e smartbooks para depois começar a aparecer nos smartphones também. Devemos ter produtos disponíveis antes do fim de 2010.

Os Sistemas Operacionais

Deixamos um pouco de lado a parte do hardware e vamos falar sobre a briga dos Sistemas Operacionais para smartphones que está cada vez mais quente. Até pouco tempo atrás (antes do lançamento do iPhone) o Symbian era líder absoluto e inquestionável no mercado, mas agora a coisa está mudando, com o iPhone OS, e toda a quantidade de iPhones vendidos até hoje, o surgimento do Android do Google que vem crescendo muito, o Symbian já rompeu a marca dos 50% para baixo e segue caindo. Sem contar que ainda temos as opções do Windows Mobile/Phone, o recente MeeGo que surgiu de uma fusão do Moblin da Intel com o Maemo da Nokia, o RIM OS dos BlackBerry, e mais recentemente até a Samsung anunciou um novo SO, chamado de BADA, e algumas versões baseadas em Linux para smartphones por aí.

Symbian

O Symbian é um sistema operacional que atualmente pertence à Nokia e equipa praticamente todos os seus smartphones e mais alguns modelos de outras marcas. Recentemente teve seu código fonte aberto com a esperança de ter seu desenvolvimente impulsionado pela comunidade Open Source.

Antes do surgimento do iPhone OS e do Android o Symbian era dono de mais da metade do mercado dos smartphones e inquestionável na liderança. Ele é um SO muito rápido e estável, mas que com o surgimento de novos concorrentes foi - perdendo a graça - e hoje em dia a versão Symbian^1 (S60) é bastante questionada e sua utilização está em crescente queda nas pesquisas divulgadas recentemente. Uma nova versão Symbian^3 está em desenvolvimento e promete grandes novidades, entre elas melhoras na Ovi Store e na utilização da interface touch screen.

Research In Motion

O Research In Motion (RIM) é um SO da empresa de mesmo nome que produz os famosos BlackBerry, um SO, que assim como os smartphones que equipa, é mais voltado ao mercado corporativo do que para funções multimídia e outras. Atualmente encontra-se na segunda posição em utilização do mercado com uma participação de aproximadamente 20% e em alta. Bastante fácil e intuitivo de usar os BlackBerry acabam conquistando o usuário pela sua simplicidade e esperteza.

Peca por não ter uma loja de aplicativos para downloads como seus concorrentes.

iPhone OS

O iPhone OS é o sistema operacional que equipa os iPhones e mais recentemente o iPad, derivado do MAC OS X da Apple ele atualmente ocupa a terceira posição em utilização do mercado com aproximadamente 15% de participação, e em forte alta recente.

Um SO feito sob medida para utilização no iPhone que é quase unanime sua aprovação pelos usuário, mas que peca apenas pela falta de suporte a utilização de multitasking em aplicativos de terceiros (não fornecidos pela Apple).

Desenvolvido desde o inicio para a utilização com o touch screen do iPhone tem uma interface muito intuitiva que após 10 ou 15 minutos de utilização da a impressão de parecer que você sempre o utilizou. Ele inovou com a introdução da App Store, loja de aplicativos que podem ser baixados e instalados do próprio aparelho, que conta, hoje em dia, com aproximadamente 140 mil softwares disponíveis e tem um modelo de funcionamento que foi copiado pelos seus concorrentes.

Windows Mobile/Phone

O Windows Mobile apesar de seu um bom sistema operacional sofre, assim como a versão para PCs, com alguns problemas de desempenho e não dificilmente encontram-se relatos de instabilidade do mesmo. Conta com a integração com o sistema operacional mais utilizado no mundo, o que facilita muito as coisas para a Microsoft. A atual versão 6.5 está em queda na utilização pelos fabricantes e também na participação no mercado, tendo incrivelmente reduzido até o numero de smartphones utilizando ele.

Mas a Microsoft não esta disposta a deixar isso como está, mudou até o nome do SO para tentar apagar a marca ruim que ficou. A nova versão, com lançamento recente, se chama Windows Phone 7 e é muito mais restritiva para os fabricantes que a anterior.

Agora o hardware terá que seguir um padrão, assim ela espera que os problemas relacionados à performance e instabilidade irão acabar. Com suporte a multitasking e a introdução de uma loja de aplicativos, a Windows Phone Marketplace, que tem como grande vantagem a possibilidade de testar os aplicativos pagos antes de comprá-los. A briga promete esquentar ainda mais com o Windows Phone 7.

Android

O sistema operacional do Google, lançado oficialmente em outubro de 2008, tinha até o fim do mesmo ano uma participação de 0,5% do mercado e no final no ano seguinte já contava aproximadamente 4% do mercado, e esse numero não para de crescer. O Google entrou com tudo e conta com o apoio da Motorola, Sony Ericsson e principalmente da HTC, entre outras. Quase todos os fabricantes de telefones celulares já têm modelos rodando o sistema operacional do Google.

Com interface customizável, suporte a multitasking, uma crescente loja de aplicativos que já têm mais de 30 mil aplicativos gratuitos e integração total com os serviços do Google, o Android é um sucesso inegável. Para ter uma idéia, a Motorola, que andava um tanto quanto sumida dos - top sellers - desde o lançamento do V3, vendeu mais unidades do seu Droid (Milestone no Brasil) que o iPhone nas primeiras 10 semanas após o lançamento.

Baseado em Linux o SO é muito ágil, estável e de fácil adaptação, conta com uma grande comunidade de desenvolvedores. O Android é Open Source sobre a licença Apache.

BADA

Lançado em novembro do ano passado, o BADA, da Samsung, aparece como alternativa aos já existentes sistemas operacionais, o primeiro smartphone equipado com ele deve aparecer nos próximos dias, agora em abril, o Samsung Wave. Como definiu a imprensa, que pode ver seu funcionamento na Mobile World Congress (MWC) 2010, o BADA é um Android piorado. O nome foi até motivo de piadas por parte da imprensa, se referindo a - palavras - pronunciadas por bebês. O BADA não acrescenta nada de novo e parece que não vai ter muito sucesso num mercado bastante concorrido.

MeeGo

Na tentativa de frear o crescimento do Android a Intel e a Nokia se juntaram e lançaram o MeeGo, que surgiu da fusão do Maemo, da Nokia, um SO baseado em Linux para smartphones, com o Moblin, da Intel, um SO baseado em Linux porem voltado para netbooks. Diferentemente dos outros SOs (para smartphones) ele é um sistema compatível varias arquiteturas que visa atingir diversos segmentos entre eles os smartphones (óbvio!), smartbooks, tablets, netbooks entre outros.

Por parte da Nokia sua utilização vai se dar principalmente nos smartphones top de linha, uma versão para o N900 deve estar disponível já nos próximos dias. E a Intel quer introduzir seus Atoms no lucrativo mercado dos smartphones (apesar de isso não ser tão simples devido ao seu consumo, ainda, muito elevado para esses aparelhos).

E ele não está limitado para a utilização somente por essas duas empresas, então podemos ver mais aparelhos com esse SO até o fim do ano. Com dois gigantes do porte da Intel e da Nokia no desenvolvimento desse sistema operacional, nós devemos ter um novo, e forte, concorrente surgindo.

Considerações Finais

Um smartphone, nos dias de hoje, é praticamente um computador extremamente portátil que levamos com nós 24h por dia, nos mantendo informados e ligados com o mundo o tempo todo. Um conjunto composto por um bom hardware capaz de oferecer desempenho e autonomia satisfatórios, um bom sistema operacional e um bom conjunto de acessórios e aplicativos formam um smartphone de sucesso.

Num mercado tão rentável quanto esse, a concorrência só tende a aumentar, e com a concorrência o avanço tecnológico acontece de maneira mais rápida também, para desgosto de uns e alegrias de outros. Um smartphone de 1 ano atrás pode já estar bastante defasado em comparação com os apresentados hoje em dia, mas isso é algo que nos já nos acostumamos a ver nos mercado dos PCs e deveremos nos acostumar também nos smartphones.

A questão da conectividade também é fundamental, nos dias de hoje, 3G já é "de linha", mas alternativas como uma conexão WiFi, por exemplo, são fundamentais. Com softwares de localização disponíveis para quase todos os sistemas operacionais um módulo a-GPS é sempre um diferencial que não pode ser esquecido.

Fonte: Terra
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