Ex-engenheiros da Nokia lançam nova plataforma de smartphones
Novo sistema Sailfish foi desenvolvido com base no Meego, plataforma de código aberto abandonada pela Nokia em 2011
Engenheiros que trabalhavam para a Nokia buscam uma fatia do altamente lucrativo mercado de smartphones com um novo dipositivo baseado no mesmo software que já foi adotado pela fabricante finlandesa. O novo sistema Sailfish foi desenvolvido com base no Meego, plataforma de código aberto abandonada pela Nokia em 2011, quando fechou acordo com a Microsoft para adotar o Windows Phone.
O MeeGo foi anunciado pela Intel e pela Nokia durante o Mobile World Conferece de 2010. Ele nasceu da união do Moblin, da Intel, e do Maemo, da Nokia e equipou um único smartphone da Nokia, o N9, lançado em junho de 2011.
O novo smartphone lançado na Finlândia, chamado de Jolla, tem tela de 4,5 polegadas, câmera de 8 megapixels, conectividade 4G tem acesso ao serviço de mapas HERE, da Nokia, que cobre 190 países. O aparelho tem preço sugerido de 399 euros. Ao contrário da linha Lumia fabricada pela Nokia, a plataforma é compatível com o ecossistema do Google Play, o que dá aos usuários do Jolla acesso a 85 mil aplicativos do Android, sistema operacional móvel líder do mercado e que ajudou a Samsung a superar a finlandesa como maior fabricante de celulares do mundo.
O chefe de software da Jolla e um dos fundadores da companhia em 2011, Marc Dillon, passou 11 anos trabalhando na Nokia depois de se mudar dos Estados Unidos. Ele afirma que o sistema operacional do seu telefone dá à companhia uma vantagem sobre outros rivais.
"Estamos oferecendo uma opção de classe mundial, uma alternativa para os consumidores que pode ser muito ágil e poderosa", disse Dillon em uma entrevista realizada em um bloco de escritórios em que funcionários da Nokia trabalhavam em Helsinque, antes da empresa realizar milhares de demissões. "Para o nosso negócio de sistema operacional há uma grande oportunidade, porque atualmente há apenas uma opção realmente disponível para todos os fabricantes mundiais de celulares, que é o Android", afirmou.
Para NeilMawston, da Strategy Analytics, o Jolla não deve ter potencial para superar o iPhone ou o Samsung Galaxy, mas pode encontrar um nicho no mercado. "Em algum momento vamos começar a procurar por uma alternativa ao Android e à Apple, então aí pode estar uma oportunidade para o Jolla ness emercado cíclico", afirmou.
A operadora finlandesa DNA, que começou a vender o aparelho Jolla na quarta-feira, disse que havia "milhares de pedidos antecipados" em 136 países, liderados pela Finlândia, Alemanha e Grã-Bretanha.
Com informações da AP.