CEO da Chanel critica ChatGPT após falha machista; entenda
"Esta é a Chanel. 76% da minha equipe é composta por mulheres, e 96% dos meus clientes são mulheres", disse em entrevista
Leena Nair, CEO da Chanel, abordou recentemente como a inteligência artificial está impactando o setor de luxo e as precauções que a empresa está adotando nesse cenário de inovações tecnológicas. Durante uma entrevista ao programa "View From The Top", da Stanford Graduate School of Business, Nair foi questionada sobre como a Chanel está se adaptando ao uso de IA e robótica em suas operações.
Ela contou que, em maio, sua equipe de liderança viajou para Seattle para visitar grandes players de tecnologia, como Microsoft e Google, além de diversas startups, com o objetivo de entender melhor o impacto da IA no setor de luxo.
Durante a visita, Nair compartilhou uma experiência curiosa envolvendo o ChatGPT. "Estávamos na Microsoft, explorando o ChatGPT nas instalações. Pedimos para que ele nos mostrasse uma imagem de uma equipe de liderança sênior da Chanel visitando a Microsoft", disse ela. Mas o resultado foi inesperado: "Ele mostrou uma equipe composta apenas por homens de terno."
A CEO, então, comentou: "Esta é a Chanel. 76% da minha equipe é composta por mulheres, e 96% dos meus clientes são mulheres. E o que o ChatGPT apresenta é uma equipe 100% masculina, nem mesmo com roupas da moda."
A experiência deixou claro para Nair a importância de reforçar princípios éticos no desenvolvimento de inteligência artificial. "É muito importante que mantenhamos a ética e a integridade em tudo o que fazemos com a IA", disse a executiva em entrevista.