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CEO de farmacêutica afirma ter criado primeiro "medicamento de IA"

Artigo descreve como o software de IA sugeriu alvo e estrutura de novo composto

20 mar 2024 - 12h59
(atualizado às 13h01)
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CEO de empresa diz ter criado “verdadeiro medicamento de inteligência artificial (IA)”
CEO de empresa diz ter criado “verdadeiro medicamento de inteligência artificial (IA)”
Foto: National Cancer Institute/Unsplash

Alex Zhavoronkov, fundador da Insilico Medicine, afirmou que criou o primeiro “verdadeiro medicamento de inteligência artificial (IA)” da história.

Em entrevista ao portal MIT Technology Review publicada nesa quarta-feira (20), o empresário comentou o recente avanço do medicamento, que promete curar a fatal fibrose pulmonar idiopática, para mais uma fase de testes.

Zhavoronkov diz que seu medicamento é especial porque o software de IA ajudou a decidir com qual alvo dentro de uma célula o fármaco deveria interagir, além de qual deveria ser a estrutura química do próprio remédio.

Em 8 de março, a Insilico publicou um artigo na revista Nature Biotechnology descrevendo como o software de IA sugeriu um possível alvo (uma proteína chamada TNIK) e vários produtos químicos que poderiam interferir nele. Um desses copostos foi então testado em células, animais e, finalmente, em humanos.

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O novo medicamento avançou para ensaios de Fase II, na China e nos EUA.

Parte da comunidade científica considerou o artigo uma demonstração de como desenvolver um candidato a medicamento usando IA, segundo a MIT Technology Review. Entretanto, traçar uma linha entre medicamentos que são e não são construídos por IA pode ser complicado, colocando a definição do CEO em xeque.

No passado, muitas empresas decidiram racionalizar o design de medicamentos usando algoritmos igualmente complexos, mas que na época não popularizados sob o guada-chuva "inteligência artificial", diz a reportagem.

Em outra ocasião, a Insilico vendeu um outro candidato a medicamento inicialmente proposto por IA para uma empresa maior, a Exelixis, por US$ 80 milhões.

“Isso mostra que as pessoas estão dispostas a pagar muito dinheiro”, contou Zhavoronkov à MIT Technology Review. “Nosso trabalho é ser uma fábrica de medicamentos.”

Fonte: Redação Byte
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