CEO do Web Summit renuncia após polêmica com comentários sobre Israel

O presidente-executivo do Web Summit, Paddy Cosgrave, renunciou ao cargo no último sábado (21) em meio a uma reação negativa a seus comentários públicos sobre o conflito Israel - Hamas.

O fundador de uma das maiores conferências de tecnologia da Europa criticou líderes e governos ocidentais por apoiarem Israel em sua resposta aos ataques do Hamas.

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Mais tarde, após receber críticas de patrocinadores e participantes, disse que suas opiniões pessoais se tornaram uma “distração do evento” e pediu desculpas por “qualquer dano” que tenha causado.

“Crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são”, escreveu na rede social X em 13 de outubro.

Seus comentários foram repreendidos por importantes executivos de tecnologia. Um grupo de empresas israelitas de tecnologia e de capital de risco também escreveu numa carta pública que estavam a boicotar o evento, de acordo com o portal israelita Calcalist.

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Cosgrave anunciou sua saída depois que empresas como Google, Intel, Meta, Siemens e a gigante de pagamentos Stripe disseram que não iriam mais participar do evento. Alguns executivos de tecnologia trabalharam nos bastidores para pressionar os participantes a se retirarem, segundo o The New York Times.

"Infelizmente, meus comentários pessoais se tornaram uma distração do evento e de nossa equipe, de nossos patrocinadores, de nossas startups e das pessoas que participam", disse ele em comunicado. "Peço sinceras desculpas novamente por qualquer dano que causei."

Figuras fora da tecnologia que foram inicialmente listadas como palestrantes no evento, incluindo os atores Gillian Anderson e Joseph Gordon-Levitt, não foram mais mencionadas no site do Web Summit desde sábado.

Uma porta-voz da Web Summit disse que a organização pretende nomear um novo executivo-chefe em breve. O evento, que está previsto para começar no dia 13 de novembro, ainda está previsto para acontecer.