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Cérebros de adolescentes sofrem envelhecimento precoce após pandemia de covid-19

Com o tempo, os adolescentes passam por alterações cerebrais naturalmente. No entanto, os fatores de estresse da pandemia de covid-19 aceleraram o processo

6 dez 2022 - 14h52
(atualizado às 18h58)
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Segundo um estudo publicado na revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science, os cérebros dos adolescentes passaram por um envelhecimento precoce após a pandemia de covid-19. Os estressores relacionados à pandemia alteraram fisicamente as estruturas cerebrais, tornando vários anos mais velhas em comparação com o período antes da pandemia.

À medida que envelhecemos, as mudanças na estrutura do cérebro ocorrem naturalmente. Durante a puberdade e o início da adolescência, esse público experimenta um crescimento maior tanto no hipocampo quanto na amígdala, áreas do cérebro que controlam o acesso a certas memórias e ajudam a modular as emoções.

Entretanto, o estudo mostrou que esse processo de desenvolvimento acelerou em adolescentes depois do isolamento por conta da pandemia. Embora essas experiências estejam ligadas a resultados ruins de saúde mental mais tarde na vida, não está claro se essas mudanças estão ligadas à saúde mental, ou são permanentes.

O grupo estima que se o cérebro desses adolescentes permanecer mais velho do que a idade cronológica, os resultados no futuro podem ser imprevisíveis.

Foto: Andrea Piacquadio/Pexels / Canaltech

Os autores defendem que essas descobertas podem ter implicações importantes para outros estudos que abrangem a pandemia de covid-19. Se o público juvenil que vivenciou a pandemia apresentar desenvolvimento acelerado em seus cérebros, os cientistas terão que contabilizar essa taxa anormal de crescimento em futuras pesquisas que envolvam tal geração.

"A adolescência já é um período de rápida reorganização no cérebro, e já está ligada ao aumento das taxas de problemas de saúde mental, depressão e comportamento de risco. Pode ser que os cérebros das crianças de 16 ou 17 anos de hoje em dia não sejam comparáveis aos de jovens de apenas alguns anos atrás", projetam os pesquisadores.

Fonte: Biological Psychiatry: Global Open Science via SciTechDaily

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