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CES 2014: robôs para brincar, trabalhar e limpar invadem o mercado

8 jan 2014 - 19h50
(atualizado em 9/1/2014 às 08h02)
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Os robôs vieram para ficar.... E ajudar a limpar janelas, a ensinar as crianças, a entreter ou simplesmente acompanhar pessoas idosas.

Celebrado em Las Vegas, o Salão Internacional de Eletrônica de Consumo (CES, na sigla em inglês), que termina nesta sexta-feira, mostra o grande avanço da robótica nos mais variados setores.

Bo e Yana, por exemplo, são dos pequenos robôs que cabem na palma da mão e ensinam as crianças a linguagem de programação.

"Tudo é sobre diversão programável", explicou Vikas Gupta, fundador da Play-i, empresa da Califórnia que desenhou estes brinquedos.

A dupla pode brincar ou até brigar entre si. "Queremos que as crianças aprendam sobre programação e não se incomodem com uma sobrecarga cognitiva", afirmou Gupta.

Os robôs foram desenhados para ser usados por crianças a partir dos cinco anos, explicou o executivo do Google e da Amazon.

Mas a robótica apresentada na feira também incursiona em aparelhos que ajudam a limpar a pia da cozinha ou o fogão e outros que servem simplesmente para acompanhar os idosos.

Também chamam atenção os robôs chamados de telepresença, que incluem os "Double Robotics", que podem ser vistos em séries de televisão como a NCIS Los Angeles.

O "Double Robotics" usa um iPad acoplado a um suporte com rodas que permite que o rosto do usuário apareça na tela e "circule" pelo escritório mesmo se estiver trabalhando à distância.

O mercado mundial da robótica de consumo movimentou US$ 1,6 bilhão de dólares em 2012, dominado peços setores de trabalhos e entretenimento, informou a ABI Research, que prevê um aumento para US$ 6,5 bilhões em 2017, graças ao auge dos setores de segurança e telepresença.

O analista de ABI Philip Solis explicou que a robótica ainda cresce mais lentamente do que setores como o de tablets e smartphones, e ainda é dominada por robôs que executam uma única tafefa.

Mas uma das principais notícias do setor, ressaltou, é a aquisição pela gigante Google de várias empresas de robótica, o que poderia ajudar a impulsionar a inteligência artificial necessária para robôs multitarefas.

Outra apresentação chamativa em Las Vegas ocorreu por conta da empresa japonesa AIST com seu robô Paro, projetado para se parecer a um bebê foca e estimular a terapia com animais em pessoas hospitalizadas ou que estão em centros de saúde onde os animais são proibidos.

Paro tem cinco sensores (táctil, de luz, sonoro, de temperatura e posição) que o ajudam a responder quando acariciado ou chamado pelo nome.

A francesa Keecker, por sua vez, apresentou um robô capaz de projetar vídeos e outros conteúdos de um smartphone ou tablet em uma parede ou no teto.

Isto significa que "é possível desfrutar a vida sem estar preso a uma televisão", disse Pierre Lebeau, fundador e diretor de Keecker.

O dispositivo funciona com o sistema operacional Android.

"Você pode colocar as crianças para dormir enquanto estas olham para a Via Láctea e permitir que acordem com um belo céu azul", disse, destacando: "Ajuda as pessoas a sonhar".

Um dos robôs que mais chamam a atenção do público é o humanoide Robo-Thespian, do grupo britânico Engineered Arts, que gesticula com as mãos e discursa com sotaque britânico.

O robô dispõe de propulsores pneumáticos, "pelo que seus movimentos são mais fluidos", explicou o engenheiro Morgan Roe. "Tentamos evitar que tenha uma aparência robótica", prosseguiu.

O robô pode ser utilizado em museus e exposições, onde pode fazer um monólogo e dirigir-se ao público. No entanto, por enquanto não consegue interagir como os assistentes pessoais Siri, da Apple, ou Google Now fazem.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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