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CFO da Huawei queria deixar o emprego pouco antes da prisão, diz o fundador

15 mar 2019 - 10h11
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A vice-presidente financeira da Huawei Technologies, Meng Wanzhou, estava à procura de outro emprego quando foi presa no Canadá em dezembro do ano passado, disse o fundador da empresa em entrevista divulgada na quinta-feira.

06/12/2018
REUTERS/Chris Wattie
06/12/2018 REUTERS/Chris Wattie
Foto: Reuters

Ren Zhengfei, que é pai de Meng, também disse ao canal canadense CTV que os dois ficaram mais próximos desde que ela foi detida em Vancouver em 1º de dezembro do ano passado.

Os Estados Unidos querem que Meng seja extraditada para enfrentar acusações de envolvimento em fraudes bancárias e eletrônicas, violando as sanções americanas contra o Irã. Ela nega ter cometido os crimes.

"Um mês antes da prisão, ela queria se demitir e encontrar um emprego em outro lugar. Ela não estava feliz trabalhando aqui, mas depois de ser presa este assunto melhorou nosso relacionamento e agora ela entende como a vida pode ser difícil", disse Ren à CTV.

As relações entre o Canadá e a China deterioraram-se acentuadamente após a prisão de Meng. A China prendeu dois canadenses por motivos de segurança nacional e julgou novamente outro cidadão que já havia sido condenado por acusações envolvendo drogas, desta vez condenando-o à morte.

"Meng Wanzhou não cometeu nenhum crime. Ela não violou nenhuma norma canadense e eu acho que tanto o Canadá quanto a Huawei são vítimas porque esse caso machuca as pessoas nos dois países e as relações bilaterais também sofreram reveses", disse Ren.

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