China abre cápsula da Chang'e 6 com amostras do lado oculto da Lua
Com a conclusão da missão chinesa Chang'e 6, a cápsula contendo 2 kg de amostras do lado oculto da Lua foi aberta durante cerimônia em universidade de Pequim
Após a conclusão bem-sucedida da missão espacial Chang'e 6, a cápsula com as amostras inéditas do lado oculto da Lua foi aberta, na quarta-feira (26), em Pequim, na China. Entretanto, detalhes do material coletado ainda não foram compartilhados e nem vistos pelo público.
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O evento de abertura da cápsula com as amostras do solo lunar ocorreu na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), sendo que esta instituição esteve diretamente envolvida na construção da sonda especial. Durante a cerimônia, a equipe retirou o compartimento "selado" com aproximadamente 2 kg de rochas da Lua, mas este recipiente permaneceu fechado.
O compartimento com as primeiras amostras do lado oculto da Lua foi imediatamente transferido para um veículo e, segundo consta, enviado para o local em que o material será armazenado, analisado e distribuído para pesquisa.
Amostras do lado oculto da Lua
Neste primeiro momento, todo o material coletado pela missão Chang'e 6 será catalogado e, na medida do possível, classificado. Em seguida, as amostras serão compartilhadas entre os institutos de pesquisa chineses para avaliação. Muito possivelmente, em até dois anos, o material será compartilhado com instituições de outros países, como a NASA.
Essas amostras únicas poderão ser destinadas para diferentes tipos de pesquisa. Por exemplo, cientistas poderão testar se é viável o cultivo de plantas ou patógenos nas rochas lunares. Em outra frente, poderá ser avaliada a existência de novos minerais exclusivos da Lua.
A seguir, confira as imagens da abertura da cápsula, divulgadas pela Televisão Central da China (CCTV):
Mais missões espaciais da China
Até o momento, a China é o primeiro país a chegar no lado oculto da Lua e, por lá, até fincou a sua bandeira. Anteriormente, outras missões chinesas já exploraram este lado quase desconhecido do satélite.
Com a Chang'e 5, em 2020, a China obteve cerca de 2 kg de amostras do solo lunar, mas da face visível da Terra. Analisando esse material, foi encontrado um mineral semelhante a um cristal incolor, retirado do basalto lunar. Este novo material recebeu o nome de Changesite-(Y). Algo semelhante pode ocorrer com essa nova leva de amostras.
Além da Lua, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) tem planos ambiciosos para a coleta de outros materiais raros do espaço. Em 2025, com a missão Tianwen-2, o foco será obter amostras de um asteroide. Enquanto isso, a promessa da Tianwen-3 será trazer material do solo de Marte em 2030.
Fonte: CCTV
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