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China lança missão para coletar amostras no lado escuro da Lua

O país entra na corrida espacial com os EUA em missão inédita, que está programada para durar 53 dias

3 mai 2024 - 10h29
(atualizado às 10h31)
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Foto: China National Space Administration/Xinhua News Agency

Nesta sexta-feira (3), a China lançou uma sonda lunar com o objetivo de aterrissar no lado escuro da Lua e coletar amostras que possam oferecer insights sobre as discrepâncias entre essa região menos explorada e o lado mais conhecido. Esse é o avanço mais recente no programa espacial do país.

Por estar livre da influência da Terra, o lado oculto da Lua é ideal para a realização de estudos de astronomia de rádio e outras pesquisas. Uma vez que esse lado nunca está diretamente visível, é preciso o uso de um satélite de retransmissão para manter as comunicações.

O foguete que leva a sonda Chang'e-6 (nomeada em homenagem à deusa lunar mítica chinesa) decolou hoje, às 6h27 (horário de Brasília), do centro de lançamento de Wenchang, na província de Hainan.

O lançamento foi visto por uma multidão nas praias da província, uma vez que ele ocorreu durante o feriado de cinco dias do Dia do Trabalho na China.

A missão está programada para durar 53 dias no total. A sonda vai orbitar a lua para diminuir sua velocidade, e em seguida, o módulo de pouso se separará da nave espacial. Então, começará a coletar as amostras imediatamente após a aterrissagem. Por fim, ele se reunirá com o módulo de retorno para a jornada de volta à Terra. 

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A China possui uma tripulação de três integrantes em sua própria estação espacial em órbita. Um dos seus objetivos é enviar astronautas à Lua até 2030. Além disso, estão planejadas três missões de sonda lunar chinesa para os próximos quatro anos.

Em 2020, a China recuperou amostras da Lua, sendo a primeira vez desde o programa Apollo dos EUA, na década de 1970, que o feito foi alcançado. A análise dessas amostras revelou a presença de água em pequenas esferas entranhadas na poeira lunar.

Na semana passada, três astronautas chineses retornaram à Terra após uma missão de seis meses na estação espacial em órbita do país, logo após a chegada de uma nova equipe de substituição.

O programa espacial chinês tem a ambição de enviar astronautas à Lua até 2030, bem como trazer amostras de Marte por volta do mesmo ano. A próxima missão está programada para 2027.

Fonte: Redação Byte
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