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Chip da Intel que revolucionou a computação faz 50 anos; entenda o impacto

Além de mais potente, microprocessador foi desenhado para servir para múltiplos dispositivos, além de computadores

15 nov 2021 - 14h41
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A computação está prestes a viver um grande salto, com a possibilidade de operações quânticas abastecendo computadores já nesta década. Mas foi há 50 anos que a Intel empurrou a inovação e permitiu uma nova era para a informática, responsável pelo primeiro microprocessador de uso comercial — o que possibilitava que o mesmo chip fosse usado para diferentes dispositivos: o Intel 4004.

Trazendo quase 2,3 mil transistores (a título de compação, o chip do iPhone 13, o A15 Bionic, tem 15 bilhões de transistores), o microprocessador tinha o tamanho de uma unha, com capacidade de 4 bits — uma miséria para os dias de hoje, mas uma revolução para época, acostumada com maquinários que ocupavam salas inteiras, com resfriamento intenso para impedir o superaquecimento. Ao todo, era capaz de 92 mil operações por segundo, com a CPU atingindo uma velocidade de relógio de 750 kHz.

A Intel criou o chip a pedido da japonesa Nippon, que queria desenvolver uma nova calculadora e, por isso, pediu 12 novos tipos de microprocessadores. Cansados de criar diferentes chipsets para dezenas de produtos, o trio de engenheiros Federico Faggin, Stanley Mazor e Ted Hoff conseguiu desenvolver uma única placa integrada (a CPU), a partir do silício, que fosse versátil o suficiente para ser utilizada não só nas calculadoras, mas também em computadores e outros produtos.

Com esse feito, a Intel fez com que o mercado de tecnologia investisse nesses microprocessadores, que começavam a abastecer todos os tipos de produtos eletrônicos. Nas décadas seguintes, os investimentos nessa indústria levariam a computadores cada vez mais potentes e, posteriormente, a celulares e outros dispositivos inteligentes.

A importância desse item em nosso dia a dia é sentida de maneira especial atualmente: em meio à escassez de chips, itens essenciais como carros, videogames, celulares e cartões de crédito têm tido problemas de fabricação, devido ao aumento na demanda por esses microprocessadores durante a pandemia de covid. Segundo analistas do mercado, esse cenário deve começar a se estabilizar somente a partir do segundo semestre de 2022.

Estadão
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