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Cidade medieval na África possuía sistema de captação de água para escapar da seca

Pesquisadores descobriram que a Grande Zimbabwe, que abrigou 18 mil pessoas, tinha um sistema de poços

31 jan 2023 - 05h00
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Cidade medieval misteriosa na África tinha um sistema genial para sobreviver à seca
Cidade medieval misteriosa na África tinha um sistema genial para sobreviver à seca
Foto: Andrew Moore/Wikimedia Commons/CC BY SA 2.0)

A chamada Grande Zimbabwe, foi a primeira cidade na África Austral e abrigou cerca de 18 mil pessoas em seu pico. No entanto, ninguém sabe realmente por que agora está em ruínas e “abandonada”.

Normalmente, quando há o desaparecimento de uma população em uma área medieval, às vezes, o motivo está ligado e até mesmo resumido à seca. Mas esse não é o caso da cidade africana. Arqueólogos encontraram evidências de conservação de água em meio aos destroços.

Em um estudo publicado na na revista Anthropocene, pesquisadores da Dinamarca, África do Sul, Inglaterra e Zimbábue argumentam que uma série de grandes depressões circulares conhecidas como poços 'dhaka', encontradas ao redor da cidade, não foram usadas para desenterrar argila, como os especialistas pensavam, mas sim para a captação de água — pensando em épocas de seca.

Perto das encostas, por exemplo, encontram-se numerosos poços de dhaka, estrategicamente posicionados para captar chuva e águas subterrâneas. O estudo também descobriu que outros poços ao redor da cidade se estendem por riachos.

Foto: Divulgação

Segundo a equipe de pesquisa, que coletou água da chuva e isolou algumas partes de um rio ou córrego, as pessoas que viveram na região poderiam ter garantido que a água estaria disponível para beber e para a agricultura durante a maior parte do ano, mesmo na estação seca.

“Essa paisagem parcialmente engenheirada exigia manutenção, embora organizada de maneira relativamente passiva, pois o escoamento era permitido para essas bacias”, escrevem os autores.

Durante a estação chuvosa, especialistas explicaram que algumas áreas da cidade ficam úmidas e pantanosas. 

"Esses locais parecem ter sido perfeitos para a extração de argila para a construção de casas. Em épocas mais secas, algumas dessas pedreiras parecem ter sido transformadas em reservatórios para coletar água subterrânea e escoamento das colinas circundantes".

Eles acreditam que a cidade tenha entrado em colapso por conta das mudanças climáticas, mas tensões econômicas ou políticas também poderiam ter causado seu fim. No entanto, mais pesquisas precisam ser feitas antes que os arqueólogos possam dizer o que aconteceu com a primeira cidade do sul da África e seu povo. 

Fonte: Redação Byte
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