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Ciência faz cócegas em ratos para saber se animais têm senso de humor

Pesquisa também monitorou roedores em busca de som agudo equivalente ao riso humano

1 ago 2023 - 11h19
(atualizado às 18h22)
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Cientistas identificaram parte do cérebro do rato que é fundamental para o riso
Cientistas identificaram parte do cérebro do rato que é fundamental para o riso
Foto: Slyfox Photography/Unsplash

Cientistas descobriram que uma parte do cérebro dos ratos, a substância cinzenta periaquedutal, é fundamental para brincadeiras e até para um "riso" próprio do animal. O estudo foi publicado na última sexta-feira (28) na revista Neuron.

Esse grupo de neurônios localizado ao redor do mesencéfalo foi analisado durante testes que podem ser vistos como inusitados: para rastrear o "senso de humor" nos bichos, os pesquisadores os submeteram a uma rotina intensa de brincadeiras e cócegas na barriga.

Como foi o estudo

O primeiro passo para garantir que o experimento fosse bem-sucedido foi isolar o estresse e garantir que os roedores se sentissem à vontade na presença dos pesquisadores. Para isso, os ratos contaram com alguns dias de ambientação no espaço onde seriam testados.

Depois que os bichos pareciam estar confortáveis, o pesquisador dava início a uma sessão de cócegas e brincadeiras. Os cientistas monitoraram os ratos em busca de um som agudo emitido pelos roedores que é o equivalente a um riso humano em momentos de alegria.

Olhando para a atividade cerebral, uma forte resposta neural na substância cinzenta periaquedutal foi identificada durante os momentos de cócegas e brincadeiras. Inibir essa parte do cérebro causava uma diminuição nas respostas dos roedores aos estímulos.

Também foi demonstrado que, se os ratos estivessem em um local desconhecido e provocador de ansiedade, o "riso" também desapareceria.

Como próximos passos, os cientistas planejam fazer cócegas em outros animais para comparar as atividades cerebrais de diferentes espécies. Eles também continuarão a brincar com ratos, mas selecionarão roedores mais jovens para investigar se há alguma variação no desenvolvimento da substância cinzenta periaquedutal com o avanço do tempo.

Fonte: Redação Byte
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