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Ciência revela mistério de 400 anos sobre campo magnético do Sol

Descoberta da Universidade Northwestern traz avanços na compreensão do Sol, além da melhora sobre as tempestades solares

24 mai 2024 - 15h51
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Resumo
Os cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram que o campo magnético do Sol se forma mais próximo da superfície, trazendo a solução de um enigma de 400 anos, inicialmente investigado por Galileu Galilei.
Cientistas afirmam ter encontrado origem do campo magnético do Sol
Cientistas afirmam ter encontrado origem do campo magnético do Sol
Foto: Nasa / GSFC / Solar Dynamics Observatory / Perfil Brasil

O campo magnético do Sol se forma mais próximo da superfície, segundo nova pesquisa realizada por cientistas da Universidade Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos. Os resultados trazem a solução de um enigma de 400 anos, investigado inicialmente por Galileu Galilei.

O estudo foi publicado na revista Nature, na última quarta-feira (22).

Desde que a atividade magnética do Sol foi observada pela primeira vez, os astrônomos têm enfrentado desafios para determinar onde esse processo começa.

Após muitos cálculos complexos em um supercomputador da Nasa, os cientistas descobriram que o campo magnético se forma cerca de 32,1 quilômetros abaixo da superfície do Sol. Em teorias anteriores, acreditava-se que o fenômeno começava ainda mais abaixo, algo próximo de 210 quilômetros.

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O resultado dos pesquisadores pode aprimorar a compreensão dos processos solares, além de ajudar a prever novas tempestades solares poderosas com maior precisão.

Apesar das auroras boreais serem um espetáculo natural na Terra, as tempestades solares também podem prejudicar seriamente satélites, redes elétricas e sistemas de comunicação por rádio.

História do enigma

Por séculos, astrônomos estudaram a atividade magnética do Sol, com Galileu documentando as primeiras observações detalhadas das manchas solares em 1612.

Apesar do progresso na compreensão do dínamo solar (o processo físico que gera o campo magnético), ainda existem limitações no entendimento. Teorias sugerindo uma origem profunda para o dínamo não explicam as características observadas, como fortes campos magnéticos em altas latitudes.

Os pesquisadores desenvolveram novas simulações numéricas que consideram oscilações torcionais, que são padrões cíclicos do fluxo de gás e plasma no Sol. Diferente da Terra, a estrela não gira como um corpo único, com sua rotação variando conforme a latitude. Essas oscilações, como o ciclo magnético solar, seguem um ciclo de 11 anos.

"A teoria tradicional do campo magnético solar não explica de onde vêm essas oscilações torcionais. Uma pista intrigante é que elas estão apenas perto da superfície do sol. Nossa hipótese é que o ciclo magnético e as oscilações torcionais são diferentes manifestações do mesmo processo físico", disse Daniel Lecoanet, em nota à imprensa.

Segundo o estudo, Kyle Augustson, pós-doutorando no laboratório de Lecoanet na Northwestern, fez as simulações numéricas. Com os resultados, os pesquisadores chegaram à conclusão que o novo modelo trazia uma explicação quantitativa para as propriedades observadas nas oscilações torcionais.

O modelo também explica como as manchas solares seguem os padrões da atividade magnética do Sol, um detalhe que a teoria tradicional não considerava.

Fonte: Redação Byte
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