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A ameaça invisível à vida das baleias nos oceanos

O zumbido quase constante da poluição sonora subaquática, como o causado pelo tráfego dos navios, pode prejudicar muito o modo de vida de diversos animais marinhos.

29 jul 2022 - 17h49
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Uma das espécies animais mais ameaçadas do mundo: orca residente do sul nada no litoral da ilha San Juan, no Estado americano de Washington
Uma das espécies animais mais ameaçadas do mundo: orca residente do sul nada no litoral da ilha San Juan, no Estado americano de Washington
Foto: M. Malleson/Getty Images / BBC News Brasil

Pesquisadores estão descobrindo o tamanho do impacto dos ruídos humanos na vida oceânica — mas existem formas surpreendentemente simples de lidar com essa espécie menosprezada de poluição.

Logo após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, um enorme silêncio caiu sobre a América do Norte, dentro e fora d'água.

Muitas pessoas deixaram de viajar de avião, o que era compreensível. Mas o tráfego de navios também caiu significativamente, mesmo em regiões mais ao norte, como na baía de Fundy, no Canadá — o que fez com que o ruído subaquático da baía caísse em incríveis seis decibéis, com redução significativa dos sons abaixo de 150 Hz.

A região é frequentada pelas baleias-francas-do-atlântico-norte, o que levou cientistas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, a estudar se as águas mais calmas tiveram algum impacto sobre esses mamíferos gigantes. E, depois de analisar seu material fecal em busca de hormônios do estresse, eles concluíram que a redução do ruído oceânico de origem humana estava causando níveis de estresse mais baixos.

Animais marinhos como as baleias usam o som para fazer de tudo, desde comunicar-se e viajar até procurar alimento e encontrar ambientes seguros.

"O som viaja mais rápido e mais longe na água que no ar e os animais marinhos se aproveitam disso", afirma Lucille Chapuis, ecologista sensorial da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Mas isso também significa que o zumbido quase constante da poluição sonora subaquática, como o causado pelo tráfego dos navios, pode prejudicar muito o seu modo de vida. "Nos últimos 50 anos, o aumento da navegação fez crescer em 30 vezes o ruído de baixa frequência existente ao longo das principais rotas marítimas", afirma Chapuis.

Imagine seu vizinho no andar de cima reformando seu apartamento e você em uma importante apresentação profissional em uma chamada de vídeo. Você terá muita dificuldade para ouvir e comunicar-se com seus colegas para fazer um trabalho adequado.

É isso que os animais marinhos que vivem ou migram perto dos ruídos humanos precisam suportar na maior parte do tempo.

Há décadas, cientistas de todo o mundo vêm estudando o impacto que esses ruídos podem causar sobre os animais marinhos. Agora, eles estão começando a identificar medidas que, se forem amplamente adotadas, poderão salvar muitas espécies dos impactos dessa poluição menosprezada.

Problema ressonante

O ruído oceânico causado pelos seres humanos vem de uma enorme variedade de fontes, que vão desde os sonares militares e o pouso de aeronaves até a construção de fazendas eólicas em alto-mar e pesquisas sísmicas para exploração de petróleo e gás. Mas a fonte de ruídos mais comum são os navios, especificamente suas hélices.

Quando as hélices dos navios — especialmente dos mais antigos — giram em alta velocidade, elas podem criar queda de pressão no lado oposto, atrás da hélice, o que resulta em uma grande quantidade de bolhas e ruídos de baixa frequência. Este efeito é conhecido como cavitação.

A cavitação também reduz a eficiência dos navios, já que a hélice consome muita energia e parte dela não ajuda a impulsionar o navio para frente.

O som de baixa frequência tem longo alcance e pode prejudicar as comunicações entre os animais marinhos em uma área muito grande. Os golfinhos-nariz-de-garrafa, por exemplo, usam todo tipo de sons para comunicar-se entre si.

Alguns desses sons podem ser detectados por outros golfinhos a mais de 20 km de distância e são frequentemente prejudicados pelos ruídos de origem humana.

Pesquisador instala um hidrofone sobre um recife de coral na ilha de Sulawesi, na Indonésia
Pesquisador instala um hidrofone sobre um recife de coral na ilha de Sulawesi, na Indonésia
Foto: Tim Lamont/Universidade de Exeter / BBC News Brasil

"Descobrimos que os golfinhos ajustam seus chamados quando há ruídos na água, muito provavelmente para poderem ser ouvidos com mais clareza por outros golfinhos", explica Helen Bailey, professora de pesquisa do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. "Parece quando gritamos mais alto para falar em um bar barulhento."

"Ajustar", para ela, significa amplificar, como qualquer pessoa tentaria fazer para transmitir uma mensagem com muito ruído ambiente.

Em um estudo sobre o assunto liderado por Bailey em 2018, pesquisadores gravaram, no oeste do Atlântico Norte, os ruídos subaquáticos com até 130 decibéis (o mesmo nível de uma autoestrada movimentada), causados principalmente pelo tráfego de navios. Se os golfinhos estiverem tentando comunicar-se frequentemente com essa interferência, podemos concluir com segurança que grande parte dessas comunicações é perdida.

Sons de baixa frequência crônicos também prejudicam a capacidade dos jovens peixes de encontrar suas casas. Os peixes jovens usam o som para escolher seu ecossistema marinho ideal. Eles buscam encontrar um conjunto de sons diversificado, que indique abundância de recursos com muitas espécies de vida diferentes. Mas, quando os ruídos de origem humana bloqueiam esses sons naturais, os peixes podem acabar em ambientes inóspitos.

E, ao mesmo tempo, a descoloração em massa dos corais está matando os frágeis sistemas de recifes, o que reduz a quantidade de vida e a produção de sons naqueles locais para atrair os peixes jovens — um ciclo prejudicial que se retroalimenta e pode perturbar ainda mais a capacidade de recuperação dos recifes.

Sons que vibram por todo o corpo

A poluição sonora é um problema particular para as baleias, que usam regularmente os sons para comunicar-se entre si. Um estudo de 2012 envolvendo baleias-azuis concluiu que os sons de médio alcance dos sonares dos navios sobrepõem-se aos seus chamados, forçando-as a repeti-los como se estivessem perdendo a conexão em um telefone celular.

"[Isso] realmente agita o mundo das baleias", explica Rob Williams, biólogo marinho e fundador da ONG Oceans Initiative, que trabalha para promover a vida marinha. Williams acredita que o ruído oceânico de origem humana é uma ameaça tão grande para as baleias quanto o desmatamento para o urso-cinzento. Ele ataca fundamentalmente todos os aspectos do seu modo de vida.

"Acho que o som é tão importante para as baleias quanto todos os nossos sentidos somados", afirma ele. "[Elas] podem senti-lo vibrando por todo o corpo."

https://soundcloud.com/robert-freeman-126115903/wales-singining-hildebran/s-QsjAI32AHo8

Canto de baleias gravado no litoral da Califórnia, nos Estados Unidos. (Crédito: John Hildebrand)

https://soundcloud.com/robert-freeman-126115903/bulk-carrier-cargo-ship-noise-recorded-off-the-coast-of-california-credit-john-hildebrand/s-JFVwOfPExJH

Ruído de navio cargueiro gravado no litoral da Califórnia, nos Estados Unidos (Crédito: John Hildebrand)

https://soundcloud.com/robert-freeman-126115903/boat-noise-recorded-on-the-great-barrier-reef-australia-credit-lucille-chapuis/s-TmcCcIBwoXr

Ruído de navio gravado na Grande Barreira de Corais, na Austrália. (Crédito: Lucille Chapuis)

Williams passou décadas estudando as orcas, incluindo as orcas residentes do sul, no nordeste do Oceano Pacífico, que estão entre as espécies animais mais ameaçadas do mundo, devido ao declínio das fontes de alimento, à poluição e aos ruídos oceânicos.

Ele foi um dos autores de um estudo em 2017, que concluiu que os ruídos oceânicos de origem humana podem fazer com que as orcas se alimentem menos que o normal (sem a presença dos ruídos).

"Estamos demonstrando que, quando os barcos estão muito perto e fazem barulho, as orcas passam 18-25% menos tempo se alimentando do que sem a presença deles", explica ele. Williams afirma também que a equipe concluiu que os chamados das orcas atingiam apenas cerca de 62% da distância que alcançariam em um ambiente marinho sem barcos e navios.

O ruído oceânico também prejudica a capacidade das orcas de pescar o salmão-rei e o arenque, suas principais fontes de alimento. Um estudo recente avaliou o comportamento dessas duas espécies de peixe e concluiu que eles muitas vezes reagem ao ruído dos navios como se fossem predadores, fugindo ou mudando seus padrões de migração, o que dificulta sua pesca pelas orcas.

Os ruídos produzidos pelo ser humano também afetam outros peixes de formas diferentes.

Um estudo de 2016 concluiu que os peixes-donzela ouvem menos a aproximação dos seus predadores na presença de ruídos de barcos a motor, o que aumenta a possibilidade de serem comidos. De fato, predadores comeram mais que o dobro de peixes durante a passagem de barcos a motor do que na sua ausência, o que sugere que o ruído de origem humana está diretamente relacionado a um aumento da mortalidade dos peixes.

É difícil determinar exatamente o tamanho do prejuízo causado pelos ruídos de origem humana a toda a vida oceânica, pois aparentemente ele afeta algumas espécies mais do que outras. Mas a maior parte dos estudos sobre o assunto indica que a interferência auditiva inibe a capacidade dos animais marinhos de ouvir e reagir a sons biológicos — o que, por sua vez, reduz sua capacidade de sobrevivência.

E, no caso de espécies ameaçadas, como a orca residente do sul, especialistas como Williams acreditam que esse impedimento poderá acabar causando a rápida extinção da espécie.

Fácil solução?

Felizmente, o problema do ruído oceânico é uma das poucas fontes de poluição de origem humana que apresentam diversas soluções relativamente simples.

O som emitido pelos navios é, de longe, o principal culpado. Por isso, os conservacionistas acreditam que ele deve ser resolvido em primeiro lugar.

Uma das soluções mais fáceis é simplesmente reduzir a velocidade do tráfego de barcos e navios ao atravessar áreas ricas em vida marinha. E essa mesma estratégia pode também ajudar a reduzir as emissões de carbono dos navios.

Os principais portos do noroeste do Pacífico, nos Estados Unidos, e Vancouver, no Canadá, já estabeleceram programas de redução da velocidade dos navios. E um estudo recente concluiu que esse esforço está trazendo diferenças significativas.

"Algo simples como reduzir a velocidade em alguns nós traz uma queda importante do nível de ruído. E demonstramos recentemente que não apenas reduz o nível de ruído, mas, quando os navios diminuem a velocidade, as orcas se alimentam mais", afirma Williams.

Ao contrário de outros esforços de conservação, que podem exigir anos de desenvolvimento, programas de redução de ruídos como este são relativamente simples e seu impacto pode ser verificado rapidamente.

"Não precisamos esperar décadas para resolver isso", ressalta Williams. "A beleza de trabalhar com o ruído oceânico é que, se reduzirmos a fonte, [os benefícios] surgem imediatamente."

Williams acrescenta que afastar as rotas de navegação das áreas povoadas por espécies sensíveis, como as orcas, também pode trazer benefícios. Mas, para que os esforços de redução dos ruídos tenham maior efeito sobre a vida marinha, eles precisarão ser apoiados por políticas públicas abrangentes.

Reduzir a velocidade dos navios é um bom começo, mas os cientistas concordam que os navios, na verdade, precisam ser construídos e reequipados com a redução do ruído em mente. Uma primeira etapa nessa direção pode ser a mudança das exigências para a construção de navios, fazendo com que as partes que fazem mais barulho, como o motor e a hélice, sejam projetadas para que se tornem mais silenciosas.

"A Marinha, por exemplo, aprendeu como fazer, mas isso [ainda] não foi exigido dos navios comerciais", afirma Hildebrand.

A Organização Marítima Internacional (OMI) também assumiu como parte da sua missão a construção de navios mais silenciosos — e, em 2014, publicou orientações simples a serem seguidas pelos engenheiros e fabricantes.

Porém, ONGs como a WWF observaram que as orientações voluntárias estabelecidas pela OMI tiveram pouca eficiência na redução do ruído oceânico de origem humana e estão pedindo limitações obrigatórias.

A porta-voz da OMI Natasha Brown afirma que as orientações da organização estão atualmente sendo revisadas, o que oferece uma oportunidade para que os Estados-membros e as ONGs apresentem propostas para ações e esforços adicionais sobre o ruído subaquático. "Já medidas obrigatórias precisariam vir de uma proposta de um ou mais Estados-membros [da OMI]", segundo ela.

A reconfiguração de navios já existentes também ajudaria a reduzir o ruído oceânico. Seus custos tendem a ser mais altos que o ajuste de projetos e partes para navios novos, mas pode valer a pena se forem examinados apenas os navios mais problemáticos.

Um dos estudos de Williams sobre os ruídos emitidos por uma frota de 1.500 navios concluiu que 50% dos ruídos vinham de apenas 15% das embarcações. Por isso, reconfigurar apenas esses navios com novas hélices redutoras de ruído faria uma diferença significativa no impacto sonoro geral da frota.

A criação de incentivos financeiros para que as companhias privadas construam, comprem e operem navios mais silenciosos pode ser outra medida útil. Ajustes de design já disponíveis no mercado, como hélices que reduzem a cavitação, podem também tornar os navios mais eficientes e reduzir as emissões de carbono, segundo Williams. Para empresas que desejarem ser mais verdes, esse benefício adicional pode influenciar as decisões.

Promoção do silêncio

Embora o ruído dos navios seja a forma mais comum de ruído oceânico de origem humana, outras fontes também criam problemas.

Uma delas é a construção e operação de fazendas eólicas em alto-mar. Muitas dessas estruturas de grande porte são construídas com bate-estacas, que podem causar altos pulsos ou estrondos subaquáticos.

Sons mais intensos ou de frequência mais alta como esses podem causar mais danos imediatos à vida marinha próxima que os sons mais crônicos, de frequência mais baixa, segundo John Hildebrand, professor de oceanografia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele afirma que "em intensidades mais altas, o ruído pode criar danos fisiológicos".

Uma forma de reduzir esses ruídos é criar uma cortina de bolhas em volta desses locais. É exatamente o que parece, "um conjunto de bolhas que formam quase uma parede e bloqueiam parte do som emitido por uma fonte", explica Helen Bailey.

Mas Lucille Chapuis ressalta que a operação das fazendas eólicas também produz "um som constante de baixa frequência, que pode representar uma fonte crônica de ruído, mesmo se os níveis não forem tão altos". Alguns pesquisadores argumentam que esse ruído deve ser considerado no planejamento dos locais onde as turbinas eólicas serão instaladas e também nas avaliações de impacto ambiental de projetos específicos.

Os aviões também podem produzir ruídos subaquáticos significativos, especialmente durante decolagens e aterrissagens frequentes em aeroportos perto de corpos d'água. Mudar as pistas dos aeroportos para mais longe das áreas que abrigam vida marinha sensível pode ajudar a reduzir esse problema.

Os sonares militares são outra fonte de ruídos oceânicos de origem humana que podem ser tão parecidos com os chamados das baleias que as confundem, levando-as a perder seu senso de direção. Acredita-se que esta seja uma das razões que levam as baleias a encalhar nas praias.

Uma possível solução é que os militares reduzam a necessidade de uso de sonares, interceptando sons naturais de animais marinhos como forma de detectar possíveis ameaças subaquáticas.

A mineração subaquática em busca de combustíveis, como petróleo e gás, também pode gerar estrondos no oceano. Às vezes, as equipes de escavação detonam grandes explosões ou usam canhões de ar sísmicos com grandes estrondos para perfurar o leito oceânico.

John Hildebrand argumenta que são necessárias restrições para a exposição de animais marinhos a ruídos, "mais ou menos da mesma forma que a OSHA [a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos] limita a exposição humana a altos níveis de ruído".

Essas restrições podem incluir limitações em decibéis em certos pontos de corpos d'água onde existem habitats marinhos vulneráveis, regulamentadas pelas agências ambientais dos governos, como a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Essas agências poderão também fornecer guias para que diferentes setores possam reduzir suas emissões sonoras. O ruído das pesquisas sísmicas, por exemplo, pode ser reduzido liberando o ar em impulsos mais contínuos e de frequência mais baixa, por maiores períodos de tempo. Esse processo é chamado de vibroseis marinho.

Hidrofone capta sons de cachalotes perto da ilha do Pico, nos Açores
Hidrofone capta sons de cachalotes perto da ilha do Pico, nos Açores
Foto: wildestanimal/Getty Images / BBC News Brasil

Concentrar-se em uma fonte de poluição sonora oceânica ou em uma espécie prejudicada de cada vez não fará muita diferença em escala global. Mas levar em conta o impacto ambiental mais amplo, criando um plano de ação multidisciplinar, pode trazer grandes benefícios.

E, para melhor determinar quais progressos estão sendo alcançados e onde ainda é preciso ampliar esse trabalho, é preciso monitorar os sons ao redor do mundo. Hildebrand defende um sistema global de monitoramento permanente dos ruídos oceânicos, que seja acessível a qualquer pessoa, em qualquer lugar.

Esse sistema permitiria que os pesquisadores rastreassem melhor cada alteração — e os políticos ou ativistas que desejassem defender mudanças das normas vigentes também poderiam facilmente fazer referência a áreas problemáticas, em tempo real.

A pesquisa dos sons ambiente do oceano ainda é um campo relativamente novo, mas os cientistas que se dedicam a ela estão sempre procurando formas de conseguir mais dados e, o que é melhor, tecnologia de escuta mais acessível.

"Nós desenvolvemos este kit de prospecção acústica e podemos dar a uma pessoa uma maleta durável à prova d'água que custa US$ 1 mil (cerca de R$ 5,3 mil) para fazer gravações locais em partes remotas do mundo", explica Williams.

Chapuis afirma que os cientistas também estão incentivando ativamente o desenvolvimento de gravadores subaquáticos de baixo custo para novas pesquisas, de forma que mais pessoas possam descobrir "os sons fascinantes que podem ser ouvidos debaixo d'água".

Enquanto os seres humanos viverem, os ruídos que eles causam provavelmente serão parte do ambiente sonoro dos oceanos. Mas, como qualquer outro tipo de poluição, o ruído oceânico precisa ter regulamentações significativas, se quisermos evitar a retração do mundo regido pelo som dos animais marinhos.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-62346037

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